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SOJA: firmeza nos preços

O mercado brasileiro de soja iniciou julho com preços firmes. Os negócios, no entanto, foram prejudicados pelo feriado de quinta nos Estados Unidos, que retirou um dos principais referenciais para a formação dos preços: o comportamento dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
A alta nos preços domésticos foi determinada pela combinação de ganhos em Chicago e da forte valorização do dólar frente ao real. Os contratos com vencimento em julho tiveram valorização de 3,2% entre os dias 26 de junho e 3 de julho, fechando a quarta na casa de US$ 15,83. A falta de produto disponível no mercado americano foi confirmada após a divulgação do relatório de estoques trimestrais em 1o de março nos Estados Unidos.
Para completar o quadro favorável, o real voltou a se desvalorizar nesta semana, dando competitividade aos produtos de exportação do Brasil, caso da soja. Entre 27 de junho e 4 de julho, a moeda americana subiu 2,8%, fechando a quinta a R$ 2,257. A cotação da soja subiu de R$ 68,50 para R$ 70,50 a saca, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço avançou de R$ 65,00 para R$ 66,50. Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 58,00 para R$ 60,00. Em Rio Verde (GO), a cotação passou de R$ 59,50 para R$ 60,00.
Os produtores brasileiros de soja negociaram 78% da safra 2012/13, segundo levantamento divulgado por Safras & Mercado, com base em dados recolhidos até 28 de junho. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 92% e a média para o período é de 77%. No relatório anterior, de 31 de maio, o número era de 71%.
Levando-se em conta uma safra estimada em 82,336 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 64.480 milhões de toneladas.

MILHO: baixa nos preços

O mercado brasileiro de milho teve uma semana de muita atenção ao câmbio e à Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Entretanto, com a melhoria do clima no Brasil, houve avanço da colheita da safrinha e a consequente baixa de preços. A colheita da safrinha de milho evoluiu para 5% da área estimada até o dia 28 de junho, conforme levantamento de Safras & Mercado para a região Centro-Sul. Em igual período do ano passado, o índice era de 2,8%. Safras trabalha com uma área de 8,206 milhões de hectares, contra 6,964 milhões do ano anterior.
A última cotação no Porto de Paranaguá foi de R$ 25/25,50 comprador/vendedor na quarta-feira (03). Nesta quinta-feira (04), no estado do Paraná, a cotação comprador/vendedor em Cascavel ficou em R$ 21/23,00. Em Minas Gerais, preço em Uberlândia ficou a R$ 22/23,00. Em Goiás, preço esteve em R$ 18/18,50, em Rio Verde. Em Sorriso, o preço encerrou a R$ 10/14,00.

BOI: preços em alta

O boi gordo segue pouco ofertado no mercado interno. Por conta disso, os preços permaneceram em alta durante a última semana. Os frigoríficos que se preparavam para o período de virada de mês se viram obrigados a elevar o preço de compra. Mesmo assim, as escalas de abate permanecem curtas e abaixo da capacidade normal.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a perspectiva é de continuidade do movimento de alta no decorrer da semana. A necessidade de reposição no varejo é grande em um momento em que os frigoríficos não dispõem de estoques adequados para atender a demanda interna durante a primeira quinzena do mês. A tendência é que a restrição de oferta se estenda por todo o mês de julho. Considerando que praticamente não haverá mais a oferta de boi de pastagem disponível no mercado. Além disso, a pequena oferta de confinados disponibilizada durante o mês não será suficiente para atender a demanda. Com isso posto, a perspectiva é de preços em alta durante o mês corrente.
Nos anos anteriores, o período era de oferta mais abundante de bovinos gordos, pois, a época era de escassez de chuva e com isso os pecuaristas aumentavam as vendas temendo a perda de peso dos animais. Neste ano, o período de chuva está se alongando – razão pela qual os pecuaristas estão retendo os animais. Por isso, houve valorização do valor desembolsado pela arroba do bovino gordo para abate. As escalas em razão da redução da oferta estão mais curtas de três a cinco dias, dependendo do porte da indústria.
A média semanal de preços (de 1 a 4/07), em São Paulo, foi de R$ 100,50. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 95,94. Em Minas Gerais, a arroba fechou em R$ 93,66 livre. Em Goiás, a arroba foi cotada em R$ 93,00. Já em Mato Grosso, preços a R$ 88,85 por arroba.
No atacado, a média semanal foi de R$ 5,13 nos cortes de dianteiro e de R$ 8,03 nos cortes de traseiro.

ALGODÃO: poucos negócios

O mercado brasileiro de algodão encerra a primeira semana de julho com reduzido volume de negócios. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, os produtores seguem com as atenções voltadas para a colheita e beneficiamento da pluma. “Estima-se que, neste mês de julho, sejam colhidos mais de 55% da safra nacional”, prevê. Até o momento, a oferta no mercado disponível é escassa. “Porém, a concentração de oferta nas próximas semanas faz com que as indústrias adquiram apenas o necessário para atender necessidades imediatas, aguardando melhores momentos para aquisições”, explica Bento. A indicação de preço segue por volta de R$ 2,08 por libra-peso no CIF de São Paulo.
Os produtores brasileiros de algodão registraram 93.974 toneladas do produto na Bolsa Brasileira de Mercadorias em junho, o maior volume mensal desde janeiro de 2013 (96.727 toneladas). Este montante corresponde a um acréscimo de 18,8% em relação ao mês anterior (79.109 toneladas) e de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado (74.278 toneladas).

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