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SOJA: mercado nacional travado

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de preços mais baixos, acompanhando o desempenho da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Depois de ultrapassar a casa de US$ 13,00 por bushel na semana passada, as cotações internacionais despencaram, temendo um aperto monetário na economia chinesa.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 48,50 no dia 11 para R$ 48,00 dia 18. Em Cascavel (PR), a cotação recuou de R$ 49,80 para R$ 49,00, enquanto em Rondonópolis, baixou de R$ 47,90 para R$ 47,00. É bom lembrar que na semana anterior a saca superou ou beirou o patamar de R$ 50,00 nestas regiões.
O recuo dos preços no mercado interno tem como principal fator a queda acentuada dos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Os contratos da soja em grão com vencimento em janeiro apresentaram desvalorização de 7,24% entre 11 e 18 de novembro, despencando de US$ 13,39 para R$ 12,42 por bushel. Na quarta, dia 17, o preço ficou em US$ 12,05.
A mudança de patamar em Chicago foi determinada pelas especulações de que o governo chinês irá promover uma elevação nos juros como forma de conter o avanço da inflação. Para o mercado de commodities, o aperto monetário significa desaquecimento da demanda chinesa. O impacto nos preços da soja foi imediato, já que a China é o principal comprador da oleaginosa do mundo.
As medidas buscam garantir o abastecimento do mercado, melhorar os sistemas de subsídios, fazer controle de preços mais específicos e reforçar a supervisão do mercado. O anúncio do governo sobre as medidas de controle de preços veio depois que as ações chinesas caíram dois dias consecutivos, com perspectivas de investidores que maiores taxas de juros e políticas de controle da inflação prejudicariam os ganhos.

BOI: arroba começa a cair

A chegada dos primeiros lotes de segundo turno de confinamento ao mercado fez os preços do boi gordo declinar.
Em São Paulo, a arroba foi negociada a R$ 114,00 de preço médio nessa quinta-feira, livre de Funrural, a prazo, redução de 0,87% na comparação com a semana anterior, quando foi negociada a R$ 115,00. Nos primeiros dias de novembro a arroba chegou a ser negociada a R$ 117 no mercado paulista.
Em Mato Grosso do Sul, preços terminam a semana a R$ 104/105,00 arroba, livre, a prazo, ante R$ 105/106,00 da semana anterior (12/11). Em Minas Gerais, a arroba foi negociada a R$ 105/106,00 livre, a prazo. Em Mato Grosso, preços oscilaram entre R$ 93/99,00 arroba, livre, a prazo, contra R$ 100 da última semana.
A maior oferta de animais para abate contribuiu para uma ligeira melhora na condição das escalas, com frigoríficos de modo geral acenando para escalas de quatro a cinco dias úteis em média, contra até três dias de semanas anteriores.
“A oferta melhorou e os preços no atacado cederam rapidamente. A expectativa, agora, é que os preços encontrem um novo patamar de negociação, perdendo força para novas altas e se desenvolvendo de acordo com a evolução da oferta deste final de ano, tanto do segundo turno dos confinamentos quanto da oferta inicial de gado de pastagem mesmo que com peso médio baixo”, comenta Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado.
Molinari observa que se os negócios no físico começarem a fluir nestes patamares mais baixos, o mercado consolida um quadro de acomodação e procurará um equilíbrio em patamares mais baixos. Caso os negócios voltem a ser restritos e as escalas voltem a encurtar de forma significativa, na próxima virada de mês o quadro poderá ser de retomada de patamares de preços firmes, talvez não tão elevados quanto no início de novembro, mas certamente de preços ainda firmes, enfatiza.

ALGODÃO : relatório altista

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta terça-feira, dia 09, seu relatório de novembro de oferta e demanda. O USDA estimou a produção global de algodão em 115,25 milhões de fardos para a temporada 2010/11, contra 116,68 milhões projetados no mês passado.
As exportações mundiais de algodão foram estimadas em 38,85 milhões de fardos para 2010/11. A estimativa para o consumo mundial foi de 116,82 milhões de fardos. No relatório anterior, os números eram de 38,08 milhões e 120,77 milhões de fardos, respectivamente. Os estoques finais foram projetados em 42,20 milhões de fardos, contra 44,66 milhões no mês passado.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai, o relatório foi altista, pois reduziu de novo a relação estoque x consumo, de 36,98% em outubro, para 36,12% em novembro. “Mesmo com o corte no consumo global, a queda na produção e o aumento nas exportações contribuíram para a retração nos estoques”, explica. Conforme Biegai, já era esperada uma redução na demanda mundial devido ao preço elevado da pluma. “Mas como a relação estoque x consumo não aumentou, as cotações devem seguir com boa sustentação no curto prazo”, prevê.
Porém, o relatório traz um “alerta” para o médio prazo ao mostrar uma queda significativa na demanda global, de quase 4 milhões de fardos. “O corte de consumo já era esperado pelo mercado, mas a tendência é que seja ainda maior”, aposta Biegai
A expectativa é que a China colha 30,00 milhões de fardos na temporada 2010/11. A produção do Paquistão para 2010/11 é projetada em 9,10 milhões de fardos. O Brasil tem safra estimada em 7,50 milhões de fardos. A produção indiana deve chegar a 26,00 milhões de fardos. Os americanos deverão colher 18,42 milhões de fardos.
Para a safra 2009/10, a produção mundial está projetada em 101,34 milhões de fardos e os estoques finais em 43,65 milhões de fardos. As exportações estão estimadas em 35,57 milhões e o consumo em 118,48 milhões.

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