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, 18 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: preço em queda em fevereiro

O avanço da colheita da soja no Brasil e a confirmação de que o país deverá colher a maior safra da história, estimada em 67 milhões de toneladas por Safras & Mercado, derrubou os preços da oleaginosa nas principais praças do país e também na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A comercialização no mercado doméstico segue em ritmo lento, consequência da queda nos preços.
Levantamento de Safras & Mercado indica preço médio no Brasil de R$ 33,42 a saca de 60 quilos em fevereiro, contra R$ 37,20 de janeiro. Em Cascavel (PR), a cotação média caiu de R$ 38,33 para R$ 32,92 no período. Em Passo Fundo (RS), o preço recuou de R$ 43,10 para R$ 39,19. Em Rondonópolis, a saca baixou de R$ 32,68 para R$ 29,57. Em Chicago, a média do contrato maio baixou de US$ 9,76 para US$ 9,36 por bushel.
As estimativas realizadas pela Assessoria de Gestão Estratégia (AGE) do Ministério da Agricultura (MAPA) indicam uma produção brasileira de 81,95 milhões de toneladas de soja em 2019/2020. Essa projeção é maior em cerca de 25 milhões de toneladas em relação ao que o Brasil produziu na safra de 2008/09. A taxa de crescimento anual prevista é de 2,86% no período da projeção, 2009/10 a 2019/20.
Essa taxa está próxima da taxa mundial para os próximos dez anos, estimada pelo FAPRI (2009) em 2,30% ao ano. O consumo doméstico de soja em grão deverá atingir 42,65 milhões de toneladas no final da projeção, representando 52,0% da produção. O consumo está projetado crescer a uma taxa anual de 2,15%, taxa esta superior ao crescimento previsto mundialmente, 1,97%.

ARROZ: câmbio pesou em fevereiro

O mercado brasileiro de arroz iniciou nesta segunda-feira (01) o ano comercial 2010/2011, com a saca de 50 quilos do grão em casca cotada a R$ 28,75, em média, no Rio Grande do Sul. O mês de fevereiro encerrou com uma média de R$ 29,91 no estado. Em relação ao mês de janeiro, a retração foi de 6,5%. Na média de fevereiro do ano passado, a saca era comercializada a R$ 31,70, cotação 6% superior a atual.
Em dólares, a cotação de fevereiro/10 (US$ 16.23 a saca) supera a de igual momento de 2009 (US$ 13.96 a saca) em 19%. “Isto mostra que o recuo em relação ao mesmo período do ano anterior deve-se ao fator cambial”, explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento. A média acumulada na temporada 2009/10 ficou em R$ 28,20 a saca, o que corresponde a uma queda de 19% em relação ao ano comercial anterior (R$ 32,05 a saca).
“Esta retração frente ao mesmo período do ciclo imediatamente anterior também contraria os fundamentos do mercado”, lembra Bento. Na safra de 2008 (ano comercial 2008/09), o país iniciou com 2,234 milhões de toneladas e produziu 12,14 milhões de toneladas, acumulando uma oferta interna de 14,374 milhões de toneladas, para um consumo de 12,95 milhões de toneladas. No comércio internacional, as exportações superaram as importações em 200 mil toneladas.
Para 2010, a última estimativa de Safras & Mercado indica produção de 11,815 milhões de toneladas. Mantida a projeção de consumo em 12,9 milhões de toneladas, o déficit interno será de 1,085 milhão de toneladas. “Para manter estoques semelhantes ao do ano anterior, 1,085 milhão de toneladas seriam o volume que as importações do cereal teriam que superar as exportações”, pondera o analista. “Se o país mantiver a boa presença vendedora no mercado internacional, colocando 700 mil toneladas entre março de 2010 e fevereiro de 2011, para fechar a temporada com os 1,025 milhão de toneladas que iniciou, a necessidade de importação seria de 1,785 milhão de toneladas”, finaliza.

BOI GORDO: oferta ajustada fortalece preço

O mês de fevereiro foi de preços em elevação para o boi gordo em praças brasileiras. A boa procura por animais para abate manteve a arroba valorizada no período, enquanto o atacado da carne bovina encerrou o mês com o melhor preço do ano, superior inclusive à média de fevereiro de 2009.
Em São Paulo, a arroba encerrou fevereiro a R$ 76/80,00 bruto, para pagamento em 30 dias, contra R$ 74/76,00 de abertura do período (01/02). Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 72/75,00 contra R$ 68/72,00 da primeira semana de fevereiro. Em Goiás, o preço subiu de 69,00 para R$ 73/74,00 no fechamento do período. Em Mato Grosso, a arroba terminou fevereiro a R$ 65/71,00 contra R$ 64/69,00 de abertura do mês (01/02).
No atacado paulista da carne, os preços terminaram em elevação. Os cortes casados de traseiro e dianteiro ficaram em R$ 6,00 x 3,80 contra R$ 6,40 x 3,50 de abertura do mês. Considerando os 12 estados pesquisados por Safras & Mercado, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 72,33 de média no final de fevereiro, livre de Funrural, a vista, contra R$ 69,59 de abertura do mês.
“A alta de preço foi geral, no físico e no atacado. A procura por animais para abate aumentou, enquanto a oferta de modo geral esteve muito ajustada ao consumo interno. As escalas de abate continuaram curtas no período”, comenta Paulo Molinari, analista de Safras e Mercado.
Conforme o analista, houve excesso de oferta de boi gordo em novembro e parte de dezembro, e escassez em janeiro e fevereiro. Se há uma retenção acima do esperado, o mercado refletirá esse quadro a partir deste mês de março, com maior oferta de gado pesado para abate.
“Se o que houve não foi uma retenção, mas sim uma oferta muito baixa no gado disponível dentro do peso de abate, o mercado não deverá dispor de uma safra com grande oferta”, enfatiza. Na sua avaliação, será natural um pico de oferta assim que as chuvas reduzirem no Centro-Oeste do país neste outono, mas a proporção desta oferta ainda é difícil de ser definida neste primeiro semestre.
No que se refere a preços, Molinari diz que a tendência é de continuidade da alta nesse mês de março.  “O mercado deverá seguir firme devido a virada de mês, mas somente encontrará alguma pressão para baixas no momento em que os pecuaristas voltarem a vender volumes maiores novamente. Por enquanto, o mercado segue firme”, diz Molinari.

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