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, 28 maio 2024
 
 

Safras e Mercado

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SOJA: preços impulsionados

O aperto na relação entre oferta e demanda mundial garantiu mais uma semana de ganhos para a soja, tanto no mercado internacional como nas negociações domésticas. As cotações subiram em Chicago e nas principais praças de comercialização do país, onde a movimentação também renovou fôlego. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos passou de R$ 50,50 em 7 de maio para R$ 51,50 no dia 14. No mesmo período, o preço subiu de R$ 48,60 para R$ 50,20 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis, a saca pulou de R$ 44,50 para R$ 45,50.

Este comportamento positivo dos preços tem origem na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Entre os dias 7 e 14, os contratos com vencimento em julho tiveram valorização de 4,08%, atingindo os melhores níveis desde 29 de setembro. Com estoques apertados, o mercado convive ainda com forte demanda, principalmente da China, e quebra na safra Argentina.

Em relação à produção argentina, a cada semana uma nova estimativa indica safra ainda menor. Desta vez foi a Bolsa de Cereais de Buenos Aires que cortou sua expectativa. No boletim semanal, a Bolsa indicou safra de 32,8 milhões de toneladas, a menor das previsões divulgadas até o momento. O potencial produtivo do país vizinho foi devastado pelo prolongada estiagem que castigou as lavouras do país.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dia 12 o relatório de maio para oferta e demanda mundial e norte-americana de soja. O USDA reduziu as estimativas para estoques finais e elevou a projeção para as exportações e o esmagamento norte-americanos. Também foram anunciados os primeiros números para a safra 2009/10.

Já para 2009/10, a previsão do USDA é de uma safra de 3,195 bilhões de bushels, ou 86,95 milhões de toneladas. O Departamento projetada esmagamento de 1,675 bilhão de bushels (45,58 milhões de toneladas) e exportação de 1,260 bilhão (34,29 milhões). Os estoques finais estão estimados em 230 milhões de bushels ou 6,26 milhões de toneladas.

O USDA indicou safra mundial de 212,79 milhões de toneladas em 2008/09, contra 218,76 milhões do relatório de abril. Os estoques de passagem caíram de 45,84 milhões para 42,55 milhões de toneladas. Para os Estados Unidos, a projeção de produção permaneceu em 80,54 milhões. A estimativa para a safra do Brasil seguiu em 57 milhões de toneladas.

MILHO: chuva traz negócios

O mercado brasileiro de milho iniciou a semana calmo. A previsão de chuvas para a semana e para hoje fez ocorrerem negócios em algumas regiões na semana, uma vez que vendedores começaram a liberar ofertas. Entretanto, alguns compradores se retraíram à espera de preços mais baixos.

Os lugares onde houve mais negócios foram o Paraná, o Mato Grosso e em Minas Gerais. São Paulo ficou meio parado; os vendedores estão soltando ofertas, mas os compradores não querem negociar ainda.

A colheita da safra 2008/09 de milho no Brasil atingiu 86,0%, contra os 80,4% colhidos no mesmo período do ano passado, segundo estimativa de Safras & Mercado. A colheita no Rio Grande do Sul, que cultiva uma área de 1,410 milhão de hectares, atinge 97%. Em Santa Catarina, que cultiva área de 737 mil hectares, a colheita está 90% completa.

No estado de São Paulo, que trabalha com uma área de 624 mil hectares, a colheita atinge 86%. No Paraná, que tem área plantada de 1,351 milhão de hectares, a colheita atinge 92%. A área estimada no Centro-Sul do Brasil para o cultivo de milho na temporada 2008/09 é de 6,048 milhões de hectares, contra área de 6,334 milhões de hectares na safra 2007/08.

O Brasil importou 44,888 mil toneladas de milho em abril. O destaque ficou com o porto de Foz do Iguaçu/Guaíra, que registrou a entrada de 39,844 mil toneladas do produto. No acumulado do ano comercial fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, o Brasil importou 165,652 mil toneladas do cereal.

Esta semana os preços no oeste do Paraná, ficaram a R$ 19,50/20,50, em Cascavel. No Rio Grande do Sul, preços a R$ 22/22,50, em Erechim. Em São Paulo, negócios a R$ 20/20,50, na Mogiana. Em Campinas, preços a R$ 22/23,00. Em Minas Gerais, preços a R$ 19/19,50, em Uberlândia. Em Mato Grosso, patamares a R$ 15/16,00.

BOI: demanda fraca

A primeira quinzena de abril foi de preços em oscilação para o mercado brasileiro de boi gordo. Em algumas praças a oferta reduziu, inibindo o avanço das escalas, mas de modo geral o mercado indicou escalas de abate para a próxima semana. Já o atacado da carne bovina experimentou recuo no período, atribuído à fraca demanda.

Em São Paulo, a arroba foi indicada a até R$ 79/80,00 bruto nessa quinta-feira (14), para pagamento em 30 dias e para descontar o Funrural, contra R$ 78,00 da semana anterior. Em Mato Grosso do Sul preços oscilaram entre R$ 70/75,00 bruto contra R$ 71/71,50 da semana anterior. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 70,00 contra patamares de R$ 70,00/71,00 da semana anterior. Em Mato Grosso, preços oscilaram entre R$ 66/69,00 contra R$ 66/70,00 da semana passada.

No atacado da carne bovina, em São Paulo, os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 5,40/5,50 x R$ 4,00 contra patamares de R$ 5,80 x 4,20 da semana anterior.

“Mesmo com redução na oferta de boi gordo, limitando o avanço das escalas, o atacado terminou recuando diante do consumo mais fraco do período”, comenta Rafael Blaca, de Safras & Mercado.

O destaque na semana ficou por conta da divulgação dos resultados das empresas do setor no primeiro trimestre. Confirmando expectativas de analistas de mercado, Sadia e Perdigão apresentaram perdas no período.

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