Esta ferramenta apresenta, de maneira clara e completa, o método de análise corporal da relação, ressaltando semelhanças e diferenças com a Psicanálise (corpo e psiquismo).
Toda a arte do Psicomotricista Relacional está em permitir que os pacientes, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos, brinquem enquanto ele trabalha com eles, sem que percebam que estão sendo trabalhados.
A expressão simbólica não verbal do brincar é tão intensa e completa que na maioria das vezes dispensa o diálogo verbal. Por isso, esta ferramenta é tão apropriada para as crianças e para os adolescentes, idades em que a verbalização é muitas vezes difícil.
Independente das culturas e idades, a essência comum da natureza humana é que a simbologia do agir é a mais primitiva e a mais fundamental, estando arraigada na vivência ontogenética (desenvolvimento do ser humano, desde a concepção até a idade adulta) de cada um, mas também na vivência filogenética (da espécie humana) e sociogenética (formação da sociedade). É neste nível que se encontra a essência comum de todas as religiões, de todas as filosofias e de todas as culturas.
A base da psicomotricidade relacional consiste em criar um espaço de liberdade propício aos jogos e brincadeiras. O objetivo é fazer a criança manifestar seus conflitos profundos, vivê-los simbolicamente. No âmbito educativo, esse tipo de atuação serviria de precaução contra o surgimento de distúrbios emocionais, motores e de comunicação que dificultem a aprendizagem.
A Psicomotricidade Relacional é uma ferramenta solidificada na Europa. No Brasil tem como centros de excelência Curitiba, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. Em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Curitiba (PR) existe o CIAR (Centro Internacional de Análise Relacional) e, em Porto Alegre (RS), existe a Pós Graduação, como em nas outras capitais citadas.
(*) MARIA CAVALCANTE DE LIMA é Psicomotricista Relacional em Rondonópolis
Parabéns! A equipe da Tribuna que dedicou um espaço para falar desta ferramenta que vem atendendo as demandas de crianças e adolescentes na saúde e na educação.
A profissional Maria Cavalcante tem colhido resultados positivos nos trabalho que vem realizando nos campos da Terapia Infantil, orientando pais e educadores a ajudarem a criança e o adolescente na construção de uma personalidade mais sadia e estruturada.
Sugiro que novas pautas sejam dedicadas a este assunto.
Conheço essa prática, é muito boa mesmo. Os resultados são maravilhosos, todas as crianças e jovens deveriam ter acesso.