O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi escolhido ontem (20) o novo relator do inquérito aberto para apurar a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF) e o crime de denunciação caluniosa por parte do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. A escolha de Moraes foi feita por meio de sorteio eletrônico.
Em manifestações divulgadas desde a abertura do inquérito, em abril, o presidente Jair Bolsonaro afirma que não houve pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.
O presidente da Corte, Luiz Fux, determinou a redistribuição do inquérito devido à aposentadoria do antigo relator, Celso de Mello, que deixou a Corte na semana passada.
Os processos que estavam com Celso de Mello devem ser repassados ao substituto dele no cargo, no caso o desembargador Kassio Nunes Marques, contudo o nome dele precisa ser confirmado pelo Senado. A sabatina deve ocorrer nesta quarta (21).
Os advogados de Moro argumentaram que a redistribuição era necessária porque o inquérito é um procedimento urgente.
Aguardando outra decisão
A investigação encontra-se parada, aguardando outra decisão do próprio STF, sobre o formato de depoimento para a Polícia Federal, do presidente Jair Bolsonaro.
Em seu último voto antes da aposentadoria, o ministro Celso de Mello, então relator, votou para que seja realizado depoimento presencial. A Advocacia-Geral da União quer que Bolsonaro possa se manifestar por escrito.