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, 17 maio 2024
 
 

Produção de alimentos e até de celular pode reduzir reservas de água, alerta ONG – 10:05′

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As ações cotidianas para economizar água envolvem, geralmente, hábitos como diminuir o tempo no banho, fechar a torneira na hora de escovar os dentes ou usar um balde em vez da mangueira para lavar o carro ou a calçada. No entanto, grande parte da população desconhece a chamada água invisível, usada em processos como a produção de alimentos e até de celulares, e que pode reduzir ainda mais as reservas hídricas em tempos de crise de abastecimento.

Cada pessoa consome diariamente de 2 mil a 5 mil litros de água invisível contida nos alimentos, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgados esta semana pelo Instituto Akatu, para marcar o Dia Mundial da Água (22). Para chegar a esse volume, os pesquisadores analisaram toda a cadeia de produção de bens de consumo.

Uma única maçã, por exemplo, consome 125 litros de água para ser produzida, segundo a Waterfootprint, rede multidisciplinar de pesquisadores e empresas que estudam o consumo de água nos processos produtivos.

A pecuária também é responsável por um alto consumo de água. “Para cada quilo de carne bovina, são gastos mais de 15 mil litros de água. Essa quantidade se refere à água e alimentação utilizadas para o gado até que ele atinja a maturidade e também a tudo que é gasto no processo do frigorífico, como limpeza e resfriamento do ambiente”, informa o Instituto Akatu, organização não governamental que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente.

Essa água invisível não está somente na produção de alimentos. De acordo com pesquisa da Mind your Step, feita a pedido da Friends of the Earth, entidade de proteção do meio ambiente, a produção de um smartphone consome em torno de 12.760 litros de água – o equivalente ao volume transportado por um caminhão-pipa médio.

Para fazer uma calça jeans, são consumidos 10.850 litros de água durante toda a cadeia produtiva. O volume é suficiente para suprir o consumo de uma residência média no Brasil por mais de três meses, segundo a instituto. “Essa quantidade contabiliza desde a água gasta na irrigação do algodoeiro, material usado para fabricar o tecido, até a água da confecção da peça.”

Segundo a ONG, as empresas precisam melhorar os processos de produção para conseguir usar a água de forma mais eficiente. “Do ponto de vista empresarial, é preocupante ser dependente desse recurso que é cada dia mais escasso. E essa preocupação não deve ser só das empresas. As políticas públicas devem contribuir para evitar desperdício hídrico e garantir a preservação dos mananciais. E, além disso, cada pessoa e cada família pode fazer a sua parte buscando consumir apenas o necessário, evitando o desperdício desse recurso tão essencial”, destaca o presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar.

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