A justiça da Turquia emitiu um mandado de prisão contra o ex-atacante Hakan Sükür, que enfrentou o Brasil na Copa do Mundo de 2002 e tem passagens por Galatasaray, Torino, Inter de Milão e Parma.
Considerado um ídolo em seu país, o ex-jogador de 44 anos é acusado de pertencer a um “grupo terrorista armado”. O pedido de prisão contra ele faz parte do expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan em ambientes próximos ao clérigo autoexilado nos Estados Unidos Fethullah Gülen, a quem o governo culpa pela tentativa de golpe do último mês de julho.
Sükür havia sido eleito deputado em 2011, mas renunciou após o rompimento entre os então aliados Erdogan e Gülen. Ele deixou a Turquia no ano passado. Nesta sexta-feira (12), um tribunal do país também ordenou o sequestro de todos os bens do clérigo em solo turco.
O imã e magnata lidera um movimento chamado Gülen, também conhecido como “Hizmet” (“Serviço”, em turco). O grupo reúne centenas de instituições de ensino e prega uma versão moderada do islamismo, com grande influência na sociedade civil da Turquia. Segundo Erdogan, os gülenistas estavam infiltrados em todos os aparatos do Estado.