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, 17 maio 2024
 
 

TPI processará líder de grupo islamita por destruição de mausoléus no Mali – 10h04′

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Um tuareg, líder de um grupo islamita do Mali ligado à Al-Qaeda, foi levado neste sábado ao Tribunal Penal Internacional (TPI), acusado de ter participado em 2012 na destruição de mausoléus em Timbuktu, no norte do Mali.

Este é o primeiro caso envolvendo a destruição de edifícios religiosos e monumentos históricos tratado pelo TPI.

Além disso, Ahmad Al-Faqi Al-Mahdi é o primeiro suspeito detido no âmbito do inquérito aberto no início de 2013 no Mali na sequência dos abusos cometidos por grupos jihadistas ligados à Al-Qaeda, que assumiram o controle do norte do Mali entre março e abril de 2012, após a retirada do exército ante uma rebelião tuareg.

Al-Faqi, um tuareg também conhecido como Abu Turab, foi colocado à disposição do TPI “pelas autoridades do Níger e chegou à unidade de detenção do Tribunal na Holanda”, segundo o porta-voz do TPI, Fadi El-Abdallah

O mandado de prisão contra Al-Faqi, datado de 18 de setembro de 2015, não fornece detalhes sobre a data ou circunstâncias de sua prisão.

Al-Faqi é acusado de ter cometido crimes de guerra por “liderar ataques contra dez edifícios religiosos (nove mausoléus e uma das três mais importantes mesquitas da cidade, Sidi Yahia) e monumentos históricos na antiga cidade de Timbuktu”.

Estes ataques são “crimes graves”, segundo o procurador do TPI, Fatou Bensouda.

Inscrito no Patrimônio Mundial da Unesco, “a cidade dos 333 santos” esteve nas mãos de grupos islâmicos armados entre abril de 2012 e janeiro de 2013.

Os jihadistas de diferentes movimentos ligados à Al-Qaeda, que consideram a veneração de santos como “idolatria”, demoliram vários mausoléus, incluindo o da principal mesquita da cidade. Outros mausoléus do século XVI também foram destruídos.

Questionado pela AFP, o prefeito de Timbuktu, Haley Usmane, confirmou as suspeitas levantadas contra Al-Faqi e comemorou a sua detenção.

“Al-Faqi dirigiu toda a destruição dos mausoléus em Timbuktu (…) Destruir um mausoléu é como matar alguém, sua história, seu passado. Como todos os habitantes de Timbuktu, estou feliz”, disse ele.

De acordo com o TPI, Al-Faki era um líder do Ansar Dine, um grupo islâmico radical vinculado à Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), e teria sido “uma personalidade ativa no contexto da ocupação da cidade de Timbuktu”.

O TPI suspeita que ele também participou na execução das decisões tomadas pelo Tribunal Islâmico de Timbuktu.

O TPI investiga desde o início de 2013 alegados crimes de guerra cometidos desde janeiro de 2012 no Mali por vários grupos armados “que aterrorizaram e infligiram sofrimento às populações”.

Os jihadistas que controlaram o norte do Mali foram em grande parte expulsos após o lançamento, em janeiro de 2013, de uma intervenção militar internacional liderada pela França.

No entanto, ainda há áreas inteiras fora do controle das forças do Mali e estrangeiras.

A Unesco lançou em 2014 um vasto programa de reconstrução de Timbuktu e seus mausoléus, confiado a um grupo de pedreiros locais supervisionados pelo imã da grande mesquita de Djinguereber. De acordo com a agência da ONU, todos os mausoléus (Timbuktu tem 16) serão reconstruídos até o final do ano.

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