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, 15 maio 2024
 
 

Rondonopolitana destaca ações da Rio+20

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Bióloga Andréa Aguiar Azevedo, sobre a Rio+20: “além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as principais diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos vinte anos”

Os debates sobre o crescimento sustentável do Mundo centralizam as discussões na Rio+20, entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro (RJ). Radicada em Rondonópolis, a bióloga Andréa Aguiar Azevedo, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), participa do evento. Em entrevista ao Jornal A TRIBUNA, ela enfatiza aos rondonopolitanos as principais ações da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Em discussão estão assuntos que vão desde problemas domésticos como o lixo, até problemas globais como o aquecimento global, a pobreza e o aumento de produção de alimentos em um mundo com recursos naturais restritos.
Andréa Aguiar estará integrando três eventos paralelos na Rio+20 organizados pelo IPAM e do lançamento de várias publicações do instituto que ajudou a produzir. Também vai acompanhar o evento oficial e o Fórum de governadores da Amazônia. “Na Amazônia apoiamos a elaboração de trabalhos técnicos, de maneira especial para os estados de Mato Grosso, Acre e Pará. O IPAM espera que o governo brasileiro consolide passos rumo a uma estratégia nacional de REDD+ (Redução de emissões por desmatamento e degradação), para ajudar os estados a ter clareza nas suas políticas públicas que estão sendo elaboradas”, explicou.
O nome “Rio+20” marca os 20 anos de realização da conferência, também no Rio de Janeiro, chamada à época de Rio-92. Contextualizando, a pesquisadora lembra que a primeira vez que países de várias partes do globo se reuniram para discutir a temática ambiental, numa agenda internacional, foi em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Com resultados positivos, em 1992, informa que houve o maior evento da ONU, até então, para discutir um conceito relativamente novo à época, chamado “desenvolvimento sustentável”. Muitos acordos foram celebrados na Rio 92, entre eles a Convenção Mundial do Clima e a Convenção Mundial da Biodiversidade. Outros documentos, como Agenda 21, Carta da Terra, Declaração de Princípios sobre Florestas foram resultados da Conferência das Nações Unidas.
Andréa Aguiar argumenta que a assembleia-geral das Nações Unidas estabeleceu como objetivo desta Conferência a renovação do compromisso político internacional com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação das ações já implementadas e da discussão de desafios novos e emergentes. Os temas principais da conferência oficial são a economia verde (com grande discussão conceitual) no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. “Esse segundo tema talvez seja mais simples de resolver, mas o que está em jogo é a criação de uma agência internacional multilateral que tenha força para cobrar efetivamente as obrigações assumidas pelos países, a exemplo da OMC (Organização Mundial do Comércio)”, diz.
O evento oficial está estruturado em três momentos diferentes. O primeiro que foi dos dias 13 a 15, onde representantes governamentais negociariam a parte final do documento apresentado pelo Comitê Preparatório da Conferência. O segundo momento, de 16 a 19 de junho, formado por eventos com função de dialogar com a sociedade civil os temas relacionados à sustentabilidade. O terceiro e último período, que vai de 20 a 22 de junho, é o chamado “encontro de alto nível” e contará com a presença de chefes de Estado e de governos dos países-membros das Nações Unidas, no qual sairá o documento final da conferência.

Os prováveis impactos da Rio+20

Na Rio+20 está prevista a participação de representantes de 193 países, além da forte participação da sociedade civil. Além de participar do evento oficial, em espaços de curtas duração (2 horas), a sociedade civil de diversos países do mundo organiza um encontro paralelo, chamado Cúpula dos Povos. “Esse evento paralelo tem como objetivo dar voz às comunidades diretamente ligadas às regiões mais afetadas pelos problemas socioambientais da atualidade e, normalmente, faz um contraponto nas principais questões do evento oficial”, repassa Andréa.
A pesquisadora também falou ao Jornal A TRIBUNA sobre os prováveis impactos da Rio+20. “Assim como ocorreu na Rio-92, espera-se pensar o futuro. Além de refletir sobre as ações adotadas desde 1992, deseja-se estabelecer as principais diretrizes para orientar o desenvolvimento sustentável pelos próximos vinte anos. Contudo, não é uma coisa que acaba e… tudo muda! A partir dessas reflexões e compromissos assumidos pelos países é que vão se desenhando nos cenários nacionais e internacionais as mudanças. Para maioria da população, parece algo bem moroso e sem resultados concretos, mas somente por meio desses grandes fóruns globais, temos visto que é possível engajar a maioria das nações para mudanças na forma de lidar com suas políticas domésticas”, destaca.

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