Vem chamando a atenção reformas de praças sendo feitas pela Prefeitura de Rondonópolis em um curto período de tempo, em relação à reformas anteriores. Recentemente, o A TRIBUNA mostrou dois casos: a nova reforma da Praça Bom Jesus da Vila Operária e as reformas da iluminação das praças Brasil e dos Carreiros.
No caso da Praça Bom Jesus, o Observatório Social de Rondonópolis solicitou ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso que realize perícia de preço e avaliação técnica da necessidade real da reforma.
O pedido do Observatório se justifica uma vez que a praça foi totalmente reformada e entregue à população no início de 2023 ao custo de mais de R$ 1,6 milhão, e agora, menos de dois anos depois, uma nova reforma vai ser feita e deve custar R$ 142 mil. A dúvida é quanto a real necessidade da reforma e de mais esse custo que terá os cofres públicos agora.
Por isso que é importante o Ministério Público realmente fazer as perícias e avaliações necessárias, até porque essa é uma forma de dirimir qualquer dúvida quanto ao uso adequado dos recursos públicos.
Se entender que a reforma se justifica e os valores são condizentes com os serviços que serão feitos tudo bem, mas, ao menos a população tem a garantia de que o dinheiro público está sendo investido de forma correta. O que não pode é permanecer a dúvida.
A mesma situação pode ser citada em relação às reformas das iluminações das praças Brasil e dos Carreiros, que somadas vão custar quase meio milhão aos cofres municipais. As duas praças também passaram por reformas gerais recentemente.
A Praça dos Carreiros teve as obras concluídas em 2020 e a Praça Brasil no ano passado. Mais de R$ 2 milhões foram investidos em cada uma das praças e esse valor, conforme os projetos, incluiu a reforma da iluminação.
Então a dúvida, mais uma vez, é quanto a necessidade dessas reformas, e claro, quanto aos valores que serão gastos novamente.
Assim como no caso da Praça Bom Jesus, seria importante que o MP fizesse os levantamentos e avaliações necessárias também nas outras praças. A população tem o direito de saber se o dinheiro público está sendo investido corretamente e quando restam dúvidas a serem esclarecidas é fundamental que aqueles a quem cabe fiscalizar deem as respostas justas à sociedade.