Não é de hoje que ações administrativas tomadas pela gestão do Prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB) escancaram a falta de planejamento, eficiência e transparência com que a máquina pública vem sendo tocada nos últimos anos.
Entretanto, a denúncia em relação à lotação de professores da rede municipal de ensino feita pela presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Geane Lina Teles, em reportagem publicada pelo A TRIBUNA ontem (7), beira o absurdo e até vergonhoso para uma das mais importantes cidades brasileiras.
Conforme a presidente do Sispmur, a convocação dos professores ao Paço Municipal, para que fosse realizado o processo de contagem de pontos para lotação dos professores remanescentes dos últimos anos para o próximo ano letivo, foi um verdadeiro show de amadorismo e de desrespeito com os profissionais.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed), como ainda não havia feito a pontuação, numa completa falta de planejamento e organização fez a contagem de forma improvisada em rabiscos de cadernos.
Um processo sem transparência alguma e bastante demorado, o que acabou fazendo com que muitos docentes fossem embora sem ter a sua lotação concluída. “Uma total desumanidade com os nossos colegas”, desabafou a sindicalista, que convocou uma assembleia geral dos servidores para a próxima terça-feira (12) para discutir os problemas vivenciados.
É inconcebível para Rondonópolis, por tudo que representa para Mato Grosso e o Brasil, ter uma situação desta. Infelizmente, a gestão municipal continua tocando Rondonópolis, que conta um orçamento bilionário e uma população na casa dos 250 mil habitantes, com a visão e mente de cidade currutela.
Isto precisa mudar. A falta de capacidade administrativa faz com que Rondonópolis não tenha realizações à altura do que arrecada.
Rondonópolis não pode ser motivo de chacota por conta de atitudes administrativas como esta do processo de lotação de docentes. Precisa ser administrada sem improviso, com planejamento e de forma moderna e ousada.