Apesar de ser um assunto delicado e exaustivamente noticiado pelos veículos de comunicação locais, notadamente aqui no A TRIBUNA, já que se trata de uma questão social complexa, o assunto envolvendo moradores de rua em Rondonópolis volta a ocupar as nossas manchetes.
Não se pode fazer de conta que este problema não existe. Ainda mais agora que, como mostrou o A TRIBUNA em sua edição de ontem (21), o aumento da violência na região central tem preocupado empresários e trabalhadores.
Isto porque, nas últimas semanas, os relatos de empresários, trabalhadores e moradores do quadrilátero central dão conta de uma crescente onda de ataques e furtos frequentes realizados por essas pessoas que vivem em situação de rua.
São várias as ocorrências que estão sendo registradas, a exemplo de furtos ao comércio, casos de perturbação, além de agressões a trabalhadores e pedestres.
Esta semana mesmo, a Polícia Militar prendeu um casal de moradores em situação de rua pelos crimes de lesão corporal e perturbação, após ataque a um funcionário que cuida do estacionamento de uma farmácia, localizada na rua Fernando Correa da Costa.
Recentemente, um homem que vivia em situação de rua também foi preso após esfaquear o funcionário da Igreja Matriz Sagrado Coração. O crime ocorreu em plena luz do dia na Praça Brasil. Na ocasião, o trabalhador foi socorrido e encaminhado ao hospital.
A situação é complicada e, claro, não será resolvida com uma poção mágica. Como já se sabe, diferentes fatores, entre os quais se destacam a dependência química, podem contribuir para que uma pessoa chegue a esse estado deplorável de degradação humana.
Todavia, a questão é que hoje não se vê por parte da Prefeitura, uma política pública constante que busque, ao menos, equacionar este estado de coisas.
Poderia até “importar” exemplos de programas e políticas públicas bem-sucedidas em outras cidades brasileiras. É triste para uma cidade do porte de Rondonópolis ter essas pessoas expostas ao relento, principalmente pelas calçadas das lojas comerciais, e o Serviço Social do município não toma uma atitude para mudar este quadro.