O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença.
Este tipo de câncer afeta tanto assim os homens especialmente pela falta de cuidados com a própria saúde, desinformação sobre os exames preventivos, que é potencializada ainda pelo preconceito, machismo e até medo.
Campanhas como o Novembro Azul tem ajudado a espalhar informações corretas sobre a prevenção contra a doença, ajudando a desmistificar o processo e conscientizando a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
Contudo, ainda é grande o número de homens que deixam de cuidar da própria saúde simplesmente por vergonha, muitas vezes descobrindo a doença tarde demais.
Por isso, ações como a da Associação de Pacientes Oncológicos de Rondonópolis (Apor) mostrada na edição de ontem (02) do A TRIBUNA são tão importantes.
Além de levar informação, a Apor também levanta esforços junto aos seus parceiros para que o trabalho de prevenção e diagnóstico precoce seja realizado, assim como será feito na cidade e outros municípios da região, bem como em aldeias indígenas, quando exames de sangue (PSA) serão realizados em homens com mais de 50 anos.
O câncer de próstata é um dos mais perigosos e a diminuição dos índices ainda depende muito dos homens entenderem que a doença assusta muito mais do que um simples exame que visa a saúde e o bem-estar deles.
Cabe aos homens terem essa consciência, bem como as famílias auxiliarem no processo de entendimento de que a doença é grave, mas é mais grave descobri-la tarde. Boa saúde é o nosso bem mais precioso, não desperdice por bobagem.