O número exato de agressões físicas, estupros, demais agressões sexuais e qualquer forma de violência contra a mulher é notoriamente difícil de se confirmar, devido a diversos fatores, como o medo de denunciar.
O silêncio tem sido companheiro de mulheres que sofrem, e que muitas vezes não encontram uma forma segura de sair da situação e acabam a cada dia mais presas nesse silêncio.
Nos últimos anos, cresceu o número de vítimas da violência que resolveram denunciar seus agressores. Isso foi potencializado, especialmente, pelas próprias mulheres, que a cada dia tem mais voz ativa na sociedade e estão dispostas a lutar umas pelas outras. Houve também uma melhora na rede de atendimento, certamente bem distante do ideal, mas pelo menos tivemos um início.
A violência contra a mulher é um mal presente em nossa sociedade. Por isso, devemos falar sobre ela e, principalmente, sermos todos seres ativos contra ela. Como noticiamos na edição do último fim de semana, no dia 5 de dezembro, uma pedalada em alusão aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres será realizada na cidade.
A campanha acontece no mundo anualmente, e sempre entre duas datas importantes, com início em 25 de novembro – Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, e término em 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
É importante toda e qualquer manifestação que se coloca contra a violência, e é importante que se deixe bem claro que ninguém vai se calar diante desse mal que ainda é tão presente.
É preciso que as mulheres que sofrem violência saibam que não estão sozinhas e que podem contar com tantas outras mulheres que se levantam contra os agressores.
Pode ser uma simples pedalada, mas é mais uma forma de mostrar voz. Se puder, participe e demonstre que você também é uma voz nessa luta, independente de ser mulher ou não.