Palmeiras x Corinthians, Boca Juniors x River Plate, Flamengo x Fluminense… Nenhum desses superclássicos chegou sequer perto da rivalidade que foi criada nessas eleições, entre aqueles que votam no candidato Jair Bolsonaro e aqueles que votam em Fernando Haddad. A disputa, inclusive, saiu do campo de ideias e passou para o campo físico, com registro de situações nada democráticas, com maior ou menor gravidade, de ambos os lados.
Primeiro, é preciso lembrar que é direito de todo cidadão participar ativamente no processo eleitoral para eleger os representantes da população, seja os chefes do Executivo ou os membros que comporão o Legislativo. Portanto, votando você em A e não no B, tem o mesmo direito daquele que vota no B e não no A. Perante a lei, somos iguais e temos as mesmas responsabilidades.
É absolutamente normal e democrático que as pessoas manifestem sua opinião e preferência. Contudo, há que se manter o equilíbrio, o respeito e lembrar, que após o dia 28 de outubro, a vida continua. De que adianta brigar agora, para levarmos para o ambiente de trabalho, as relações de amizade e familiares, as nossas paixões político partidárias, de modo a prejudicar os relacionamentos? A discussão é saudável e necessária, o que não se pode é ultrapassar os limites da manifestação civilizada e a prática do chamado “bullying-político-partidário”. Ninguém ganha com isso.
No próximo domingo, temos o dever cívico de ir às urnas e escolher nosso próximo presidente. O radicalismo, o clima de tensão que cresce por todo o país, o extremismo entre aqueles que possuem os pensamentos alinhados à direita e os da esquerda, nos deixam cada vez mais distantes de um país unido. Aceitar uma opinião diferente da sua não significa que você é obrigado a concordar com ela, mas apenas aceitar e respeitar que ela existe. Podemos concordar que discordamos e seguir com nossas vidas. Lembre-se sempre, a eleição passa, os políticos passam e a sua vida continua. Que tipo de pessoa você quer ser?