Há muitos anos estamos falando da necessidade de se focar em ações com maior planejamento para o nosso trânsito, na tomada de medidas e no desenvolvimento de projetos focados no futuro da mobilidade urbana de Rondonópolis. Isso é importante para evitar a prática frequente de sempre procurar a mitigação dos problemas depois que eles surgem.
Um bom exemplo nesse sentido foi mostrado ontem pelo Jornal A TRIBUNA em relação ao aumento do fluxo de veículos e problemas no trânsito ao longo da Rua José Barriga, que se tornou uma espécie de artéria viária em Rondonópolis, ligando diferentes regiões e desviando o tráfego do Centro. Com o intenso fluxo atual, muitos cruzamentos carecem de semáforos.
Do outro lado do Centro, temos as Ruas XV de Novembro e Rosa Bororo, que também aumentaram em muito o movimento de veículos. Nesses casos, temos a peculiaridade dos veículos desempenharem alta velocidade nas vias, gerando riscos de acidentes mais graves. Tanto é que a Rua XV de Novembro se tornou uma das vias com mais acidentes na cidade.
O planejamento no trânsito é essencial para uma cidade que cresce a passos largos como Rondonópolis. Há muito se fala da dificuldade da abertura de novas vias em função do traçado urbanístico da cidade e da ausência de um planejamento no começo da urbanização local. Mas, mesmo assim, ainda dá tempo se fazer muito pelo nosso trânsito.
Um bom começo seria fazer funcionar, de uma vez por todas, o sincronismo no sistema semafórico da região central, o que já garantiria uma grande fluidez no tráfego. Sendo um pouco mais ousado, a Associação Rondonopolitana dos Arquitetos e Urbanistas (Arau) tem a ideia de abertura de um novo corredor viário, uma grande avenida entre a nova ponte da Lions Internacional até a Rodovia do Peixe, margeando o Rio Vermelho e passando embaixo da ponte na rodovia BR-364 – que foi mostrado na Revista MERCADO IMOBILIÁRIO & Construção, que circulou no mês de agosto como suplemento do A TRIBUNA. Esse projeto também ajudaria na implementação de um novo atrativo turístico e de lazer na cidade.
As ideias existem e, agora, falta que o poder público possa ouvir profissionais e segmentos locais com conhecimento técnico para então propor projetos que possam viabilizar a Rondonópolis do futuro. Podemos e devemos avançar na organização e viabilização do nosso trânsito!
