Faltando 25 dias para o primeiro turno das eleições deste ano, que acontece no próximo dia 7 de outubro, as campanhas eleitorais ainda não ganharam as ruas e poucos candidatos têm de fato colocado a cara na rua atrás do voto popular. É óbvio que as eleições deste ano são diferentes das anteriores, considerando as muitas mudanças na legislação, mas ainda assim seria importante que as coordenações de campanha entendessem que existe um grande número de eleitores que ainda valorizam muito o contato pessoal e são imunes às novas tecnologias, das quais fazem pouco ou nenhum uso.
Da parte do eleitorado, o que se vê é que o grosso das pessoas ainda não abraçou ou definiu de fato o seu candidato, pois os carros e casas na cidade que ostentam algum material de campanha normalmente são apenas do candidato Jair Bolsonaro. Os demais, para os mais diversos cargos, parecem não estar em campanha ou esperando que as mídias sociais operem algum milagre e os eleja sem muito esforço.
Esperamos que essa apatia de grande parte do eleitorado não se cristalize na forma de abstenções, votos em branco ou nulos no dia da eleição, pois por mais desesperadora que seja a situação política do país, o voto ainda é a única maneira de mudar essa realidade. É preciso participar do processo, escolher um candidato e defender seu voto, até para que depois da eleição o eleitor tenha de quem cobrar.
Quanto aos políticos, tanto os com mandato quanto os que se aventuram atrás de um cargo eletivo, é preciso que muitas de suas atitudes sejam revistas já, sob pena de um colapso futuro do nosso sistema político, lastreado no sufrágio universal, pois os eleitores a cada eleição que passa se afastam mais da classe política, pois não vêm as mudanças que tanto almejam acontecerem. E de decepção em decepção, o eleitor comum se afasta mais e mais da política. Infelizmente!