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Rondonópolis
 
 

Nem a vida rural tem paz

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Gado, maquinário e defensivos agrícolas sempre receberam uma atenção especial da criminalidade. Afinal, o alto valor é atrativo para a bandidagem e a facilidade para se roubar no campo, em que as forças de segurança estão distantes, são um “incentivo” a mais. Se agricultores e pecuaristas sempre sofreram com esta modalidade de roubo, hoje em dia nem mesmo aqueles que vivem do pouco que uma chácara ou sítio produz, conseguem estar em paz. O campo não é mais aquele local em que era possível dormir com as portas destrancadas e janelas abertas.
Temos assistido os moradores da zona rural de Rondonópolis, insistentemente, cobrar por mais segurança. É que não satisfeitos em aterrorizar a vida de quem vive na cidade, a bandidagem anda migrando e fazendo vítimas no campo. Quase sempre roubos em que as vítimas são feitas reféns, e para levar o pouco que possuem: uma televisão, umas ferramentas… Nem mesmo uma igreja foi poupada, como relatado anteriormente em reportagem do A TRIBUNA. No distrito de Nova Galiléia, a 34 quilômetros de Rondonópolis, os bandidos levaram todos os aparelhos de ares-condicionados, prejuízo estimado em mais de R$ 15 mil.
Como coibir esse tipo de crime? Sabemos das dificuldades que as forças de segurança que atuam na cidade sofrem. O efetivo é pequeno, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar, e há poucas viaturas. Precisam ser cobrados mesmo diante da dificuldade? Sim! São os representantes do Estado, e se pressionados, o Estado também é. Mas, acima de tudo, precisamos cobrar também que aqueles que detêm o poder, os “cabeças”, que façam a sua parte, já que andam devendo muito para o povo matogrossense.
No interior de São Paulo, um delegado conseguiu reduzir em mais de 50% o número de ocorrências no campo, após estimular os moradores a formarem um grupo de WhatsApp, em que qualquer movimentação ou pessoa diferente rondando as propriedades é relatada. Uma atitude simples, porém inteligente. Qualquer problema, a polícia é acionada. Se não é o mais indicado, é pelo menos alguma coisa. Sabemos que é impossível a polícia estar em todos os lugares, especialmente pelas dimensões das comunidades rurais, e o uso da tecnologia pode contribuir nessa situação. Contudo, são medidas paliativas, o problema vai continuar. O mais indicado sempre é a prevenção e o trabalho de inteligência. Coibir, para não ter que remediar depois.

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