Apesar de ser uma empresa de economia mista, em que alguns dos seus acionistas se mantêm bem “discretos” com relação a participação nas ações, a Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder) pode ser considerada um patrimônio da cidade. Isto porque, ela emprega quase 500 pessoas efetivamente, além de gerar trabalho e renda para prestadores de serviços e trabalhadores terceirizados. Uma empresa que emprega tanta gente, merece atenção especial da administração pública.
Conforme noticiado na edição de ontem (6) do A TRIBUNA, os funcionários da Coder estão preocupados com o rumo que a empresa está tomando e temem pelo fechamento da mesma. Com uma dívida de quase R$ 100 milhões, o “rombo” nas contas continua aumentando, e se nada for feito, o encerramento das atividades da empresa será inevitável. Eles reclamam, entre outras coisas, que o prefeito de Rondonópolis não está escutando os funcionários, que conhecem a realidade da companhia tão de perto.
Todo mundo lembra que, ao assumir a gestão, o ex-prefeito Percival Muniz acusava o seu antecessor de ter deixado a Coder falida. Quando assumiu a gestão, o atual prefeito veio com a mesma conversa, o disco não mudou. Afinal de contas, o que faz a Coder ter tantas dívidas?
Falta de trabalho não deve ser, já que Rondonópolis tem uma demanda enorme de serviços. O que realmente acontece? Se ninguém explica, só pode ser problema grave de administração. No início da gestão, até mesmo a possibilidade de uma auditoria para apontar o que motivou uma dívida tão grande foi levantada, mas era somente papo furado. Até hoje, nenhuma explicação.
Enquanto a Companhia padece, quem precisa do trabalho se preocupa com o que está por vir. É preciso que a atual administração da Coder tome medidas, é preciso que a Prefeitura tome medidas, é preciso que os vereadores se envolvam.
Uma empresa tão grande não pode fechar as portas, os danos para Rondonópolis, que já tem tantas deficiências do serviço público, seriam catastróficos.
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