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, 15 maio 2024
 
 

O VLT num mar de lama

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Na última quarta-feira (9), Mato Grosso voltou a fazer parte do noticiário nacional e até internacional, com uma operação que apura fraudes em obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e em Várzea Grande, deflagrada pela Polícia Federal. De todas as roubalheiras talvez seja a mais escancarada, a que é esfregada na cara dos cidadãos matogrossenses, especialmente os moradores da Capital e da Várzea Grande, que diariamente olham para o desperdício de mais de R$ 1 bilhão em obras pelas ruas.
Quando paramos para pensar que mais de R$ 1 bilhão foi investido na obra que deveria ter sido entregue antes da Copa do Mundo de 2014,  que o consórcio chegou a pedir mais R$ 1,2 bilhão para terminá-la, e que isso significa o dobro do valor inicial orçado, parece até piada. Mas, infelizmente não é, trata-se da mais dura realidade, e apenas uma parte dela, já que nem tudo ainda veio à tona. Com a delação do ex-governador Silval Barbosa homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, aparentemente poucos do alto escalão da política matogrossense devem ficar de fora do mar de lama que vem por aí. A cada palavra, a cada notícia veiculada, mesmo com a delação em sigilo, uma estremecida é sentida por Mato Grosso.
E quando se fala em estremecimento, não se fica restrito ao mundo político, porque dificilmente o ex-governador e seus “companheiros” conseguiram fazer tantas tramoias sem que agentes públicos também tenham participado. Soa muito estranho que órgãos de controle, como a Controladoria Geral do Estado e o Tribunal de Contas, e os de investigação, como os Ministério Público do Estado e também o Federal, tenham ficado sabendo somente depois do ocorrido que um verdadeiro limpa foi feito nas contas públicas de Mato Grosso.
Como se recebe R$ 18 milhões em propina, lembrando que estamos falando somente da propina do VLT, sem que ninguém perceba? Ou crimes foram acobertados, ou crimes tiveram a participação de mais agentes públicos dos revelados até hoje ou então temos órgãos muito ineficientes. Não era segredo o que estava acontecendo, dava pra saber, assim como o cidadão percebeu, bem antes da Copa, que o legado que seria deixado por aqui não seria esportivo.
Todos aguardam com atenção agora a divulgação do conteúdo da delação, já sabendo que será mais um susto, mais um espanto em saber que a ganância vai muito além do que imaginávamos. Que essa delação sirva, pelo menos, para abrirmos em definitivo nossos olhos sobre nossas atitudes nas urnas, porque a quadrilha que roubou o Estado foi colocada lá por nós, e essa é a nossa parcela de culpa em todo esse escândalo.

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