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Rondonópolis
 
 

Estado mal pagador

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A saúde financeira dos hospitais filantrópicos de Mato Grosso está gravemente afetada pela crise, que tomou conta destas instituições sem fins lucrativos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e que dependem dessa fonte de renda para manter esse atendimento. Nos últimos anos, especialmente de 2015 para cá, já foram quatro paralisações somente na Santa Casa de Rondonópolis, devido a atrasos em repasses de verbas, baixos e defasados valores pagos pela tabela do SUS, e, agora, ao não cumprimento de um acordo entre os hospitais e o Governo do Estado de Pedro Taques.
Para entender melhor o que está acontecendo, a conta é bem simples: a Santa Casa atende pacientes via SUS, e o Estado repassa para a prefeitura mensalmente os recursos para manter esse atendimento. Só que o recurso repassado é bem menor do que o valor gasto com os procedimentos, e com isso o hospital vai acumulando mensalmente essa conta. O deficit no hospital de Rondonópolis, mensalmente, passa dos R$ 500 mil reais.
Para que esse dinheiro fosse repassado para o hospital, e também para outros quatro hospitais filantrópicos do Estado, a Federação iniciou em 2015 uma negociação com o governo, que resultou em um acordo para o pagamento de R$ 2,5 milhões mensais para os cinco hospitais, pagos conforme o combinado em dezembro, janeiro e fevereiro. Só que a partir de março o pagamento foi suspenso, e agora o governador Pedro Taques diz que se tratou apenas de uma ajuda emergencial, e que não reconhece essa dívida mensal com os hospitais. O resultado disso: paralisação de atendimentos e população prejudicada.
O corpo clínico da Santa Casa de Rondonópolis não aceita mais trabalhar para receber a cada três meses, as UTIs podem ser fechadas por falta de dinheiro, as cirurgias marcadas estão sendo desmarcadas, e as grávidas da região estão voltando pra casa sem atendimento, exceto se o caso for de emergência. Trata-se de uma situação grave, e que simplesmente “não reconhecer a dívida” não vai ajudar em nada. É preciso negociar, é preciso que as partes entrem em acordo, porque a população vai começar a sentir os efeitos dessa paralisação. A importância da Santa Casa para a região Sudeste do Estado é indiscutível, assim como a qualidade de seus serviços. A paralisação de seus serviços e até o fechamento de alguns atendimentos, como é cogitado, será de extremo prejuízo para o povo, como sempre aqueles que mais precisam.

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