A sede da Uramb

A matrícula da área que abriga a sede da União Rondonopolitana das Associações de Moradores de Bairros (Uramb), está datada em 1983. São mais de 30 anos de atividades no Jardim Guanabara, local que já se tornou um ponto de referência para a população. O imóvel em que a Uramb funciona, foi doado à entidade e é registrado como associação privada. Ao longo do tempo, vários investimentos foram feitos no local e a Uramb cresceu. Recentemente, a infraestrutura da área recebeu melhorias, nova pintura e há no local um novo espaço em construção. Para esse espaço, existe um importante projeto: uma casa abrigo para as pessoas em tratamento médico e seus acompanhantes, já que a sede da Uramb está próxima ao Hospital Regional, Santa Casa e Hospital do Câncer.
A diretoria da Associação foi surpreendida com um pedido do Ministério Público do Estado (MPE) para a devolução dessa área utilizada há tanto tempo ao Município. Embora a reportagem do A TRIBUNA tenha tentado saber junto à assessoria de imprensa do MPE a motivação desse pedido de devolução, se há algum procedimento legal envolvido, a resposta não veio. Contudo, existe uma grande especulação de que o interesse seria a construção da nova sede da Promotoria de Justiça da cidade, que hoje não suporta mais a demanda. Como dissemos, trata-se de uma especulação, e como até o momento não há resposta do outro lado da história, apenas os fatos informados pela Uramb, a especulação ganha força.
A Prefeitura de Rondonópolis doou uma área nas proximidades da Vila Birigui, que era denominada antigo Campo Bahia, para a construção da nova sede do MP. O local tem um terreno amplo, um espaço grande que abrigaria com muita tranquilidade uma bela e espaçosa sede ao MP. Contudo, a obra até hoje não começou. Uma assembleia no dia 30 de setembro entre os associados da Uramb deve decidir se a área será devolvida ou não, mas já adiantando, os associados não devem aceitar e irão seguir para o embate judicial, caso seja necessário. É importante que todos os envolvidos nessa situação se manifestem. Afinal, trata-se de um patrimônio de uma entidade importante e respeitada da cidade, de um trabalho de anos, e até o momento a situação segue muito mal explicada para a sociedade.