Nova consciência!

Apesar do crescimento expressivo, Rondonópolis ainda carece avançar muito na área ambiental, especialmente quanto a consciência daquilo que deve ser feito, tanto por parte do poder público como da própria população.
Tem havido, por exemplo, de forma reiterada, uma negligência do poder público em relação à gestão ambiental correta em nosso município. São vários casos de intervenção do Ministério Público Estadual para que o poder público respeite preceitos ambientais.
Temos visto essa situação também em relação à destinação correta dos resíduos produzidos na cidade, onde a Prefeitura implantou um projeto-piloto de coleta seletiva, mas que necessita de maior apoio/investimento para que a coisa deslanche.
A cooperativa de reciclagem de lixo que atua na cidade, a Coopercicla, reclama da falta do apoio necessário por parte do poder público. Não é demasiado lembrar que a Política Nacional de Resíduos Sólidos garante benefícios em prol da cooperativa de catadores quando da implantação do aterro sanitário nas cidades.
Essa situação faz com que os catadores individuais se sintam desestimulados em fazer parte da cooperativa, continuando um trabalho indigno e insalubre dentro do lixão. Não por menos o Ministério Público do Trabalho, como vimos na edição de ontem do Jornal A TRIBUNA, tem cobrado a devida inclusão dos catadores nesse processo de gestão dos resíduos sólidos em Rondonópolis.
A postura de nova consciência ambiental é fundamental nos dias de hoje, sob ameaça desequilíbrios que possam comprometer a vida humana em futuro breve. Por outro lado, a população também precisa fazer sua parte quando o assunto envolve os resíduos sólidos, especialmente nesse momento de proximidade do fechamento do lixão e abertura do aterro sanitário.
Infelizmente, falta hoje o devido esclarecimento à população sobre a forma correta de separar os materiais visando destiná-los a coleta seletiva. Ademais, o projeto não avançou para toda a cidade. Assim, a educação ambiental precisa ser realmente encarada como chave do sucesso de um projeto de coleta seletiva.
A consciência ambiental, mais cedo ou mais tarde, precisa ser assimilada em Rondonópolis, por todos!