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Rondonópolis
 
 

Amor ao próximo em meio a dor

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Quando uma pessoa ferida tem a morte cerebral constatada, a família tem de lidar com uma série de dúvidas na hora de decidir se autoriza ou não a doação dos órgãos de seu parente recém-perdido, quando este em vida não informou essa opção. Nesta hora, existem muitos pesos… Como o de não aceitar essa partida, o de não ter muitas informações sobre o processo de doação, o religioso, o medo do corpo do seu ente querido ser violado… Um turbilhão de emoções e sentimentos.
Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, nos últimos anos, uma média de 6 mil pacientes foram diagnosticados com morte cerebral por ano no País. Seus órgãos poderiam salvar a vida de quase 22 mil pessoas que aguardavam na fila de espera, caso todos tivessem doado, o que sabemos que não acontece.
Em Rondonópolis, esta semana, tivemos um grande exemplo de força, generosidade e amor ao próximo. O marceneiro José Carlos da Silva, que teve a filha Sara Fernanda Ribeiro da Silva (20), morta após um acidente de trânsito no município no último sábado (25), autorizou a doação de órgãos da filha que partiu tão precocemente. Ela teve o coração, o fígado, os rins e as córneas doados para pessoas que residem no Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Cuiabá. Sara se foi, mas a família encontrou forças para fazer com que ela fizesse a diferença na vida de outras famílias, mesmo não estando mais aqui.
O Brasil ainda precisa melhorar, e muito, os quesitos necessários quando se fala em doação de órgãos. Falta melhorar a logística e, principalmente, o acesso as informações. É preciso educar, para acabar com os mitos e mostrar que o ato de amor pode ser a única esperança para quem aguarda nas enormes filas por um transplante.
A resposta do pai de Sara, quando questionado sobre o motivo que o fez autorizar a doação, emociona e deve ao menos nos fazer refletir. “Não é uma atitude fácil. Mas Deus é generoso, deu tudo que tinha por nós, e devemos pensar nos outros. Se há possibilidade de doação, é preciso deixar o egoísmo e pensar nos outros”. Quando não estivermos mais neste mundo, o que queremos deixar de bom para as pessoas que continuarão por aqui?

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