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, 17 maio 2024
 
 

Força tarefa tenta amenizar prejuízos na BR-163, no Pará

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Ministro da Agricultura, Blairo Maggi: “dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas”
Ministro da Agricultura, Blairo Maggi: “dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas”

O tempo bom permitiu que as carretas de grande porte começassem a ser liberadas na BR-163, no Pará, no início da tarde desta sexta-feira (3/3). Paralisadas há duas semanas, elas começaram a se movimentar no sentido do município de Miritituba, onde vão descarregar a soja trazida de Mato Grosso. Diante dos prejuízos ao escoamento da safra de soja de Mato Grosso, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lamentou a situação. “Dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas”, externou.
Nesta quinta-feira (2/3) também começaram a ser liberados no mesmo sentido [de Miritituba] os caminhões transportando perecíveis e automóveis. O sentido sul, em direção a Mato Grosso, também foi liberado. A 163 é um dos principais caminhos para o escoamento da safra de soja via Arco Norte. Ontem o Comitê Gestor local, que acaba de ser criado pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, começou a atuar na área mais danificada, localizada entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol.
O objetivo do comitê é zerar a fila de caminhões parados por meio de uma liberação escalonada e garantir a trafegabilidade dos últimos trechos não pavimentados da 163. Caso as condições meteorológicas continuem favoráveis como ontem, há a expectativa de liberação total do tráfego até o início da semana que vem. O comitê montou uma operação logística que combina atendimento aos caminhoneiros, com distribuição de cestas básicas e água, e a retomada da trafegabilidade da pista.
Segundo Maggi, o produtor que vende a soja precisa entregá-la no prazo, no local definido pelo comprador. Diante do atraso no escoamento da produção local, a alternativa é, muitas vezes, adquirir soja de outros países produtores, como Estados Unidos e Argentina, para honrar o contrato. “E aquela soja brasileira que iria para esse comprador fica ‘micada’ aqui”, explicou o ministro, um dos maiores produtores de soja do País. No total, o setor estima que o prejuízo nessa safra será de R$ 350 milhões, segundo informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli. “Estamos queimando notas de cem dólares, uma atrás da outra”, afirmou o executivo.
O diretor-geral do DNIT, Valter Cassimiro, que viajou nesta quinta-feira para inspecionar diretamente a operação na região mais afetada, informou que entre as ações previstas estão também a mobilização dos equipamentos para manutenção dos trechos, entre os quais estão duas retroescavadeiras, um trator de esteira, quatro caminhões basculantes de grande porte e outros oito veículos.
A BR 163/PA, que vai da divisa com o Mato Grosso até o município de Santarém (PA), tem quatro trechos que ainda precisam ser pavimentados: de Vila Isol até Novo Progresso; Santa Júlia a Moraes Almeida; Campo Verde a Rurópolis; e de Vila Planalto até Miritituba. O último, que passa por Miritituba, é considerado o mais crítico. Por ele passam cerca de 95% da carga que sai de Mato Grosso em direção ao Pará.
Cassimiro disse que o Governo Federal já garantiu recursos para a pavimentação de 100 quilômetros destes trechos até o ano que vem. A meta é asfaltar 60 quilômetros em 2017 e outros 40 no ano que vem. Asfaltados estes 100 quilômetros, só restarão 90 para o asfaltamento total no Pará, que já tem 756,6 km de estrada pavimentada.
O diretor-geral do DNIT elencou algumas intervenções, nos últimos meses, que colaboraram com as paralisações na rodovia: chuvas intensas, principalmente entre janeiro a março; a concentração de cargas em decorrência do atraso do início da colheita; e a ausência de postos de fiscalização da PRF no local, entre outras.
Cerca de 30% das safras de soja e milho de Mato Grosso já saem do estado pelos portos da região Norte do país, uma opção logística mais barata do que enviar os caminhões carregados para o Sudeste e Sul.

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