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Rondonópolis
 
 

Empurrando com a barriga

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Em toda troca de gestão em Rondonópolis, além de tudo que precisa ser melhorado, corrigido e executado pelo novo gestor, existe também o problema da troca de servidores. Isso porque, a cidade tem uma média de 1.500 servidores que são contratados, não concursados. Com isso, com a troca de prefeito, geralmente quem entra quer “os seus” nos cargos, além de dizer um adeus para a “turma” do rival.
Não é segredo para ninguém, a grande maioria desses cargos em Rondonópolis não passa de moeda de troca, de indicações, de conchavos entre vereadores, partidos políticos e amiguinhos de gestores. O problema não é de hoje, existe há anos, nunca é solucionado e se tornou uma bola de neve. Nessa hora, muita gente boa que vem cumprindo bem sua função precisa deixar o cargo, para talvez alguém não tão qualificado assumir. Nessa hora também, muita gente que não tem condições de ocupar determinado cargo, deixa a função, o que é ótimo para a sociedade, que deixa de estar nas mãos de servidores descompromissados.
Contudo, viver mudando contratados para contratados não é o indicado. Sabemos que o próprio Ministério Público determinou que o Município realizasse concurso, sabemos também que a gestão anterior enrolou o máximo que pode para fazer isso, realizou o concurso público só ao apagar das luzes para agora deixar o novo prefeito com a “bomba” na mão.
Curioso fato é que o prefeito anterior, Percival Muniz, buscou selecionar contratados por meio de contrato com a Faespe, lembrando que de forma bastante misteriosa, sem demais explicações para a população. O novo prefeito Zé do Pátio já mira o Consórcio Regional de Saúde, causando grande desconforto aos aprovados no concurso público realizado pelo ex-prefeito, que aguardam pela nomeação.
Por que será que nenhum gestor se posiciona em definitivo sobre essa situação? Falta coragem? Falta vontade? Falta interesse? Se a demanda de servidores é tão grande como se diz, e dá para imaginar que seja, afinal trata-se de uma cidade de 220 mil habitantes, não seria o caso de uma vez por todas acabar com essas contratações que tanto provocam discussões e moralizar o funcionalismo público com a realização de um amplo e definitivo concurso?
Concurso não tem conversa, passa quem está melhor capacitado. E a população espera gente competente trabalhando e usufruindo do salário pago com dinheiro público, não gente indicada. Será que algum gestor terá coragem algum dia? O caminho é longo, afinal, emprego vale apoio, vale parceria, vale acordos e vale o principal: votos.

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  1. Concordo com o texto, contratados são moedas de troca de políticos mal intencionados e que muitas vezes atrapalha o funcionamento dá máquina pública.

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