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Ainda o ensino integral

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As novas diretrizes do ensino brasileiro apontam que a educação em tempo integral é um caminho sem volta. Tanto é que o Governo Federal instituiu o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral, dentro do contexto da Reforma do Ensino Médio que está sendo almejada no País.
Os governos estaduais também estão implementando essa proposta, sendo que seis escolas de ensino médio de Mato Grosso, incluindo duas delas em Rondonópolis, já passaram a oferecer o ensino em tempo integral. Além disso, o Governo do Estado pretende ampliar o número de escolas que adotam o sistema.
Temerosos que a Escola Estadual Adolfo Augusto de Moraes, na Vila Aurora, seja mais um dos estabelecimentos a receber o sistema, alunos fizeram um protesto público nesta semana, conforme publicado pelo Jornal A TRIBUNA. Eles têm toda razão em sua preocupação, considerando que o prédio encontra-se em reforma geral paralisada e sem nenhuma previsão de conclusão. Como oferecer o sistema sem que haja uma estrutura física adequada?
Como já pontuamos nesse espaço, entendemos que o ensino em tempo integral não é uma proposta ruim, mas é temerário, justamente, pela forma que o governo vem tentando implantá-lo: sem planejamento e sem investimentos adequados. O ensino integral exige uma estrutura confortável e diferenciada para que os alunos possam permanecer na escola por até 8 horas seguidas. Mas vemos hoje escolas públicas deficitárias e sem nenhum atrativo.
Segundo o Governo Federal, dentro da proposta desse novo modelo de ensino, haverá uma ampliação dos recursos para as escolas que aderirem ao sistema dentro do ensino médio. Contudo, além de maior estruturação dos prédios escolares, o ideal seria que houvesse uma qualificação dos professores e servidores, pois muitos não estão preparados para a nova sistemática. Também seria crucial um trabalho de conscientização de pais e alunos sobre as vantagens do modelo.
Não é demasiado lembrar que, em muitas comunidades, sobretudo quando se trata de ensino médio, grande parte dos alunos, devido à baixas condições financeiras da família, já é obrigado a trabalhar para reforçar o orçamento familiar. Assim, o sistema também deve pensar em meios para lidar com esse obstáculo patente na sociedade brasileira.
Da forma que vem sendo conduzido o fomento do ensino integral, o Brasil corre o risco de fazer investimentos sem alcançar os resultados práticos, tendo ainda grande índice de rejeição por parte de alunos. Chega de improviso e desperdício de dinheiro público no País! Por um ensino público de qualidade, políticas eficientes e com planejamento!

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