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Rondonópolis
 
 

Descaso na hora da dor

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Se não bastasse o sofrimento da perda de familiares, os brasileiros enfrentam deficiências das mais diversas em relação aos Institutos Médicos Legais (IMLs). O Jornal A TRIBUNA registrou ontem uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) que aponta a falta de qualidade nos serviços prestados pelos IMLs de todo o País.
O levantamento nacional demonstra a carência de pessoal, de equipamentos mínimos e de ponta e de capacitação da maioria dos IMLs brasileiros, bem como ausência de serviços. Outro detalhe é que o acesso a serviços de IML não está interiorizado no Brasil e que o país carece de mais unidades em praticamente todos os estados para prestar atendimento adequado.
O interessante é que esses dados retratam a realidade dos IMLs de Cuiabá e Rondonópolis, em Mato Grosso. No caso local, o Jornal A TRIBUNA tem noticiado a precariedade da estrutura do IML de Rondonópolis, com graves consequências à população. Devido a falta de técnicos de necropsia em número suficiente, as necropsias não estão sendo feitas no período da noite. Sempre que alguém é vítima de algum tipo de morte violenta no começo da noite, os familiares precisam esperar a liberação do corpo por até 15 horas ou mais, dependendo do caso, sendo um grande desrespeito num momento já complicado. As dependências do prédio são inadequadas, ultrapassadas e acanhadas.
São tantas limitações nos IMLs de Mato Grosso que evidenciam o descaso do Estado para com uma estrutura que presta serviços de grande importância, mas que é usado especialmente por uma população mais pobre. Apesar de pertinentes, as cobranças por melhorias no IML de Rondonópolis vêm sendo ignorados, sob a alegação da crise econômica enfrentada pelo governo. Não há garantia de novos técnicos em necropsia nem de papiloscopistas. Não se efetivou, até agora, nem ao menos uma reforma básica na estrutura física do prédio desse serviço na cidade, com pintura, consertos e melhorias urgentes.
Se nem o básico está sendo possível, quem dirá a concretização do prometido projeto de criação/construção de complexos regionais nos municípios pólos, que concentrariam em um mesmo espaço os setores de Identificação, Criminalística e IML?
Um serviço tão básico como o IML não pode continuar sendo vítima do esquecimento (pra dizer o mínimo)!

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