Novo prefeito terá que buscar a unidade

“Uma andorinha só não faz verão”, diz o ditado. A mensagem vale também para a política. José Carlos do Pátio (SD), a partir do dia 1 de janeiro, será o novo prefeito de Rondonópolis com 39.352 votos (36,22%). A diferença de votos entre ele e o segundo colocado, Percival Muniz, foi de apenas 1.556 votos. Percival Muniz e Rogério Salles, juntos, tiveram 67.716 votos. Na prática, isso significa que a grande maioria da população não votou pelo projeto político de Zé Carlos, embora tenha saído vencedor. Portanto, mais do que dar fim as dúvidas que existem sobre como será sua gestão desta vez, o novo prefeito terá que buscar unidade, não só da população como também da Câmara Municipal de Vereadores, onde enfrentará muitos opositores.
Pátio, em suas primeiras entrevistas como eleito, disse que vai governar para toda a população e não apenas para o grupo que o elegeu. Repetiu o discurso em várias entrevistas, talvez já com o objetivo de unificar a população. Durante a campanha eleitoral, o novo prefeito declarou também por diversas vezes, inclusive na entrevista ao A TRIBUNA, que tinha aprendido com os erros da primeira gestão, e que não os cometeria novamente. É o que todo mundo espera, e é também a grande dúvida do momento.
Zé, que não concluiu o seu primeiro mandato como prefeito, quando foi cassado em 2012, e depois retornou ao cenário político como o deputado estadual mais bem votado em Rondonópolis, tem atuado de forma convincente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, e isso até mesmo os seus adversários políticos reconhecem. Agora, retornando à prefeitura, mostrará também tamanha habilidade? Os votos de quem quer o bem da cidade é de Sim, que as dúvidas acabem com um bom trabalho realizado. O novo prefeito aparenta maturidade política, que poderá ser confirmada durante sua gestão, ou não. Dependerá de sua capacidade de governar e também dos escolhidos para governar ao seu lado.
Ficam os votos para que o novo prefeito dê prosseguimento ao que está bom, arrume o que está ruim e provoque novas situações para Rondonópolis. Para os grupos que saíram perdedores, ficam também os votos para que saibam fazer oposição de forma séria e consciente. Para os novos vereadores, que saibam exercer o seu papel de fiscalizar, e que não sejam omissos para o que é do interesse do povo de Rondonópolis. Pelos próximos quatro anos, escolhidos de forma democrática, que os novos representantes não esqueçam o compromisso que tem com essa cidade.