Grande desafio pela frente

Com a chegada do período chuvoso, começa novamente o martírio dos moradores dos bairros da região do Grande Sagrada Família, abaixo do Jardim Atlântico e Jardim Europa, com os problemas de drenagem nas vias públicas.
O problema é antigo e difícil de ser resolvido, considerando sua extensão e complexidade. Até tempos atrás, a problemática não era tão sentida pois essa região não era tão adensada populacionalmente. Nos últimos anos, no entanto, muitas casas e residenciais novos ali surgiram, aumentando o número de pessoas reféns desse caos.
Nas grandes chuvas, a água desce com velocidade em direção ao Rio Vermelho. Toda região, que envolve bairros como Cidade de Deus, João Antônio Fagundes, André Maggi e Terra Nova, sofre com enxurradas e erosões de grandes proporções, que ameaçam casas, dificultam o acesso aos imóveis e interrompem o tráfego de veículos. Muitas vezes a água da enxurrada invade casas, destruindo os móveis.
A alegação da gestão municipal, especialmente do atual prefeito Percival Muniz, foi referente à falta de recursos próprios para resolver um problema tão grande e tão caro. Ao longo de toda a gestão, sua equipe tentou viabilizar emendas parlamentares ou parcerias com o Governo do Estado para resolver a questão, mas apenas serviços paliativos, próximo ao residencial Terra Nova, foram efetivados. As deficiências da região continuam.
Não é para menos que um dos grandes desafios do prefeito eleito Zé Carlos do Pátio será, justamente, dotar de infraestrutura essa grande e importante região de Rondonópolis. Nessa seara, será uma grande conquista a viabilização ao menos da drenagem na Avenida W11, a principal dessa região e que servirá de acesso ao projeto de uma nova ponte projetada no Rio Vermelho, fazendo ligação com a BR-364. Detalhe: os serviços de drenagem na W11 demandam pelo menos R$ 26 milhões. É muito dinheiro!
Enquanto essa questão não é resolvida, a população dessa região que muito cresceu nos últimos anos vai continuar sofrendo nessa época de chuva. Inclusive, em 2014, tivemos a morte de uma criança que se afogou em uma enxurrada provocada pela ausência desse serviço de drenagem. Apesar do desafio, a luta não pode deixar de ser travada!