Contrariando a imprensa internacional e os brasileiros pessimistas, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, bem como a Copa do Mundo no Brasil, foram de grande sucesso. O mundo pode conhecer melhor a nossa cultura, a nossa alegria, o nosso jeito de torcer, de receber os estrangeiros, os nossos problemas e como somos um povo que sabe fazer festa. Mas agora, acabou o sonho olímpico e começa novamente o pesadelo brasileiro: a nossa política.
Na próxima quinta-feira (25), depois de quase nove meses, entra na reta final o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A primeira etapa do julgamento será o depoimento das testemunhas escolhidas pelos autores da denúncia, ao todo, oito testemunhas. A defesa também apresentará suas testemunhas, seis foram arroladas.
Na segunda-feira (29), será a vez do depoimento de Dilma, que já confirmou que comparecerá ao plenário do Senado. Feitas as defesas e acusações, segue-se para a votação. Se, pelo menos, 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada e ficará inelegível por oito anos a partir de 2019. Se o placar não for atingido, Dilma será absolvida e reassumirá a Presidência da República imediatamente. A expectativa da oposição é de que o placar será atingido com folga, da situação, é de um milagre que faça com que alguém mude de ideia na reta final.
Para alguns, o afastamento definitivo representa o fim de uma gestão ruim, da turbulência política e o início da retomada do crescimento econômico do País e da desconfiança dos brasileiros. Para outros, é o desfecho de uma retirada forçada de um governo legítimo e a espera por dias obscuros, principalmente para os mais pobres. A opinião, depende não só da posição política, como do modo de ver o mundo. O fato é que, se Dilma sai, muitos ficarão satisfeitos e outros insatisfeitos. Se Dilma fica, a mesma coisa. E nos dois casos, haverá gente descontente e que com certeza não vai deixar barato. O impeachment ainda deve assombrar um pouco a política e a economia brasileira, nada irá melhorar da noite para o dia, isto é fato.
Contudo, há sempre que ressaltar que é preciso uma mudança, por que da forma que estamos, não podemos ficar. E se o presidente interino não agrada sequer quem quer a queda de Dilma, a mudança que precisamos virá somente nas eleições de 2018, quando um novo presidente será eleito.
É neste momento que não podemos desperdiçar a chance de realmente mudar, e não só a presidência. Vamos refletir melhor desde agora, com as eleições municipais em outubro próximo, e escolher aquele que realmente seja um gestor à altura da pujança de Rondonópolis.
Provemos então para nós mesmos, assim como provamos para o mundo sermos capazes de organizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que vamos superar as nossas crises e voltar a crescer. Quem sabe assim, sentiremos enfim que somos o povo e o País de ouro, independente de não ter uma medalha no peito. Acabou a festa, voltamos a realidade… Que aconteça o melhor para o Brasil.
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