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Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

Quem atua em defesa dos alunos sem aula?

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Já são mais de 50 dias sem aulas na rede estadual de educação e milhares de alunos afetados. Independente dos motivos, o fato é que a greve, por si só, já é prejudicial. Ela afeta o aluno que fica sem aulas, o professor insatisfeito que terá de repor as aulas não ministradas durante a manifestação e, consequentemente, o calendário escolar. Ela prejudica também a imagem do Governo e mostra que o poder de negociação do Estado não é muito bom.
O calendário de 2016 já está comprometido, isto é fato. Os estudantes, principalmente os do último ano, com a aproximação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não sabem quando terão as aulas retomadas e quando o 3º ano será concluído, já que isto dependerá do andamento do cronograma pós-greve, correm sério risco de serem lesados com maior abrangência.
O Governo diz que não tem dinheiro, que não pode pagar a Revisão Geral Anual (RGA) integralmente, como pede a categoria dos educadores, e que o projeto de Parceria Público Privada (PPP) para construção e gestão de escolas não é terceirização da educação. Os educadores, por sua vez, não têm tanta certeza quanto ao fato do Estado não ter dinheiro para pagá-los e consideram as parcerias a privatização do ensino em Mato Grosso.
A briga é grande, judicializada, com decisões contra e favoráveis para os dois lados, e sem previsão de resolução. Deixa-se claro aqui que o Estado tem que defender o que acha que é melhor para ele, e os educadores têm sim o direito de lutar por sua categoria, que convenhamos, não é tratada da forma que merece nem aqui e nem em lugar algum deste País.
Se os dois lados acreditam estar com a razão e nenhum deles quer ceder, no meio dessa briga quem atua em defesa de alunos sem aula? Os órgãos de defesa e proteção de crianças e adolescentes, por que ainda não se posicionaram e interferiram no conflito em busca de uma solução rápida? Os estudantes estão sendo prejudicados por briga de gente grande, não é hora de se calar. É necessário que as discussões sejam ampliadas e que mais gente participe, até porque já deu pra entender que apenas Estado, Sindicato dos Trabalhadores da Educação e Tribunal de Justiça não vão se entender tão cedo.
A Justiça tem trabalhado com interpretações, cada magistrado decide uma coisa e isso não tem colaborado em nada com a resolução da greve. Já são quase dois meses, a situação está ficando insustentável. Espera-se que a educação seja tratada como prioridade, fazendo com que as tratativas avancem rapidamente, e fazendo uso do bom senso, todas as partes se acertem para que o ano letivo de 2016 não seja ainda mais prejudicado.

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