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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

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O roubo a banco não é exclusividade das grandes cidades, o interior do País conhece bem esta modalidade de crime, chamado de “novo cangaço”. As histórias de cidades pequenas que são vítimas desses ataques são, infelizmente, comuns. O que chama a atenção neste tipo de crime, é a facilidade que os criminosos têm de chegar, aterrorizar os moradores e fugir tranquilamente.
Vejamos os exemplos dos roubos registrados este ano próximos a Rondonópolis. O primeiro deles em abril, no Município de Sonora (MS), bem próximo a divisa com Mato Grosso. Além de destruir o prédio da única agência do Banco do Brasil na cidade com explosivos, os criminosos também fizeram reféns. O dinheiro do banco foi levado, convenhamos que pouco mais de R$ 1 milhão para um banco, é o famoso “dinheiro de pinga”, mas o risco para funcionários, policiais e moradores, é a vida, e essa tem valor inestimável.
Além de destruir a instituição financeira com explosivos e atirar em unidades policiais, viaturas, almoxarifado e prédio da prefeitura, os bandidos também dispararam tiros em frente às casas de militares que estavam em folga, para impedir que saíssem. Todos os ataques foram simultâneos. Foram feitos, ao todo, mais de 100 tiros de fuzis, submetralhadoras, pistolas e escopetas. Não se trata de gente pequena.
Agora, pouco mais de 60 quilômetros de Sonora, é Ouro Branco do Sul, Distrito de Itiquira, que sofre com uma ação de criminosos. Bandidos armados fizeram 13 reféns e explodiram, usando dinamite, dois caixas eletrônicos de uma agência bancária do Banco do Brasil, danificando outros dois terminais. Desta vez os assaltantes não conseguiram levar o dinheiro, mas fizeram 13 reféns, incendiaram um veículo e roubaram um carro para fugir. No caso de Sonora, a escolha da cidade se deu, de acordo com quatro integrantes do banco presos no início de julho pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, pela localização geográfica. Assim como Ouro Branco, Sonora tem uma boa distância de outras cidades, o que impede a chegada rápida de reforço policial, tornando a fuga fácil.
O novo cangaço ou a velha modalidade conhecida de crime, continua assustando a população e mostrando como a segurança é fraca diante dessas quadrilhas fortemente armadas e preparadas para o confronto. São fuzis, submetralhadoras, pistolas e escopetas contra revólveres de baixo calibre, contra poucos homens e contra viaturas velhas.
Não adianta olhar torto para os países vizinhos dominados por narcotraficantes e guerrilha armada, porque aqui a situação não é muito diferente. Talvez os nossos olhos soberbos acreditem que o problema do vizinho é grave, sem nos dar conta que aqui, independente da modalidade, o crime também é forte e dominante.

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