Todos contra o mosquito

De acordo com o primeiro boletim epidemiológico de 2016, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados, até o dia 16 de janeiro, 349 casos de dengue em Mato Grosso, o que representa uma incidência de 11 casos para cada grupo de 100 mil habitantes e uma redução de 23,9%, na comparação com o mesmo período de 2015. O sinal de declínio ainda não pode ser confirmado porque os números apresentam atraso de envios de informação por parte das prefeituras. Em relação à febre chikungunya e ao zika vírus, nenhum município notificou novos casos suspeitos no ano de 2016. Vale sempre lembrar que não existiam muitos casos suspeitos anteriormente, contudo mais de 100 casos suspeitos de microcefalia são investigados com possível ligação ao vírus.
O fato é que as ações por parte do Governo do Estado e do Município de Rondonópolis têm avançado. São suficientes? Talvez não, mas estão acontecendo. O Estado anunciou, por exemplo, um Termo de Cooperação com os municípios, para intensificar as ações de combate e controle do vetor, no caso o mosquito Aedes aegypti, bem como assegurar incentivos financeiros estaduais para que os municípios viabilizem as atividades. A Prefeitura de Rondonópolis realiza por vários bairros da cidade mutirões, envolvendo todos os agentes, para combater focos do mosquito, além também de realizar o controle químico.
Por mais que os esforços estejam acontecendo por parte do setor público, ainda há muito que se fazer. Por exemplo, ainda se vê por Rondonópolis casos de residências com inúmeras sucatas guardadas em seus quintais, ou até mesmo na rua. Existem incontáveis terrenos baldios com lixo e terrenos com mato alto, abandonados por seus proprietários. O esforço acontece, mas precisa ser intensificado perante a gravidade da situação.
E nunca é demais lembrar que sem a nossa colaboração, todo trabalho é perdido. Se nós não fizermos a nossa parte, dificilmente, sozinhos, Estado e Município conseguirão combater essa verdadeira epidemia. Ainda hoje, com todas as informações divulgadas, tantos problemas escancarados, nós ainda não nos conscientizamos que precisamos agir contra esse mal? Será que nem mesmo sabendo que crianças sofrerão com problemas neurológicos por causa desse mosquito, nem assim vamos fazer o que nos cabe? Temos que fazer parte da força tarefa, temos que ser a força tarefa.