Obras públicas abandonadas são os símbolos mais visíveis da ineficiência administrativa. A falta de planejamento representa desperdício de dinheiro público e diversos transtornos à população. Falhas em licitações, aditivos aos valores inicialmente previstos, atrasos e suspensões alegando falta de verbas tornaram-se frequentes motivos para que empreendimentos sejam abandonados ou nem saíam do papel.
Os problemas vão muito além da falta de dinheiro, eles evidenciam principalmente a necessidade de mais interesse dos nossos gestores. Podemos citar exemplos dessa desorganização aqui no município, um caso evidente: as obras do Parque do Escondidinho e do Parque das Mangueiras, orçadas em altos valores, divulgadas com muita festa e que estão completamente abandonadas e sem perspectiva de retomada dos serviços.
O Escondidinho hoje representa um dos principais casos de prejuízos de quando o poder público assume determinado compromisso, mas tem dificuldades para cumpri-lo. Considerando a dimensão da obra, atrasos e aditivos poderiam até ser compreendidos, mas a situação em que o parque se encontra é inaceitável.
Era para ser uma opção para a comunidade da região Salmen, estimada em 50 mil pessoas, mas os nossos gestores públicos nunca cumpriram com essa promessa de terminar essa opção de lazer para a população. Quem se diverte no momento são os vândalos que aproveitam o local abandonado, enquanto o trabalhador fica aprisionado dentro de sua casa.
São por descasos como esses que quando, por exemplo, é lançado agora mais um parque, o Seriema, a população fica incrédula, desconfiada. Se realmente começam as obras, será que serão concluídas?
Seja Federal, do Estado, do Município… Achar culpados é fácil, difícil mesmo é resolver a situação. E é recomendado que se fique de olho com novas obras faraônicas sendo anunciadas, mesmo sem nenhuma solução iminente para os velhos problemas.
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