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É preciso mudar esse quadro

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No Brasil tem-se verificado o crescente movimento de judicialização do direito à saúde, que nada mais é do que a obtenção de atendimento médico, medicamentos e de procedimentos diagnósticos somente por via judicial. Isso acontece porque a demora em conseguir atendimento na rede pública de saúde leva muitos pacientes ao desespero, e recorrer ao Judiciário para conseguir liminares que obriguem a rede a fazer o atendimento imediato é a única esperança.
A justiça tornou-se uma via quase natural, não só para casos mais graves (como a necessidade de vaga em UTIs ou cirurgias de alta complexidade), como para a busca de ajuda para resolver problemas de acesso a medicamentos, consultas com especialistas, realização de exames e vagas para internação, ou seja, para o atendimento básico.
Um exemplo disso foi a liminar, obtida por meio da Promotoria de Justiça de Guiratinga, que determinou ao Estado a disponibilização de um aparelho Raios-X ao Hospital Municipal de Tesouro, já que os pacientes da cidade têm que percorrer 50 Km de estrada não pavimentada para conseguir realizar exames. Isso em um Estado que está entre os maiores Produtos Internos Brutos (PIB) e que é fundamental pra balança comercial do país.
O cidadão comum fica sem saber como, com tanto dinheiro circulando, um exame simples como a radiografia não pode ser feito no seu município. E assim a saúde segue, o remédio só vem se um promotor interceder, a cirurgia só se pagar, a vaga na UTI (para quem tem fé) só rezando, já que até mesmo a intervenção judicial não é uma garantia.
A judicialização é uma situação que reflete a tensão na constante busca pela preservação da dignidade da pessoa humana. O principal desafio que se vê para que a prática não seja necessária é direcionar estratégias políticas e sociais orquestradas com outros mecanismos e instrumentos de garantia democrática, que aperfeiçoem os sistemas de saúde com vistas à efetividade do direito à saúde por qualquer cidadão desse país.
Repensar-se a prestação do serviço de saúde pública no país e a implementação de medidas inéditas (já que as que temos não estão funcionando) é urgente, é preciso uma mudança definitiva do quadro atual, ou então, cada vez mais o cidadão terá que frequentar promotorias e fóruns por todo esse país em busca do que lhe é de direito.

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