35.8 C
Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Lugar de lixo é no…

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img

A velha afirmativa de que lugar de lixo é no lixo nem sempre é respeitada. Em Rondonópolis, problemas da destinação do lixo são uma questão cultural. As pessoas acreditam que qualquer lugar deserto e cheio de mato na área urbana é apropriado para descartar o lixo.
Volta e meia são denunciados lixões clandestinos dentro da área urbana, a exemplo do localizado junto ao anel viário, próximo a entrada da comunidade de Campo Limpo; da área localizada ao fundo da escola municipal Bernardo Venâncio, no Jardim Liberdade; outros aos fundos do primeiro Distrito Industrial e da área ao fundo do espaço do antigo aeroporto. Ecopontos, áreas regulamentadas pelo poder público, também viraram lixões na área urbana.
Apesar da falta de consciência dos moradores em manter a cidade em condição habitável e em salubridade, a Prefeitura de Rondonópolis também é responsável pela situação, à medida que não toma as providências necessárias para combater os terrenos baldios ou mesmo grandes áreas no perímetro urbano sem os devidos cuidados na espera de valorização imobiliária.
Além disso, o Município não dá o devido exemplo para a população à medida que não providencia o aterro sanitário, como exige a legislação. Ao contrário, o prazo exigido pela legislação para que os Municípios instalassem aterros sanitários venceu e Rondonópolis continua enviando os seus resíduos para o “lixão”, na região da Mata Grande, assim como não promove a coleta seletiva.
A instalação de placas de alerta quanto ao descarte irregular de lixo precisa também ser ampliada na cidade. Mesmo assim, para o bem-estar social, cada morador deve ser um fiscal da destinação irregular de lixo em nossa cidade, considerando que é crime ambiental o depósito de lixo em local inapropriado, podendo o infrator ser detido e o veículo utilizado no descarte irregular, apreendido. Flagrantes dessa prática irregular precisam ser denunciadas ao órgão competente!
Cada um fazendo sua parte, teremos uma cidade melhor para se viver…

- PUBLICIDADE -spot_img
  1. Lixo no lixo, bandido na cadeia, político trabalhando pelo povo, polícia eficaz e eficiente no combate ao crime, doentes nos hospitais, carros nas estradas, comida na mesa, alunos na escola… …pro nosso país, tudo isso é utopia.
    Ao invés disso convivemos com uma resignação bovina com o lixo na rua, bandido rindo à toa e cidadão com medo de pôr os pés na rua, roubalheira generalizada na política, polícia sucateada, despreparada e ineficaz, doente nos hospitais sim: morrendo, carros caríssimos em estradas absolutamente degradadas, comida racionada na mesa, alunos em escolas sucateadas e que definitivamente não formam cidadãos e sim fornecem “dipromas” de conclusão de cursos, como se “diproma” melhorasse a vida de alguém!
    Se os cidadãos mais conscientes não se manifestarem, não saírem às ruas, não exigirem seus direitos, vamos continuar sendo governados por essa tropa de larápios (do PT, PSDB, PQP, etc) colocados lá pelo povo não menos corrupto, fisgados pela barriga através desse monte de “bolsa isso” “bolsa aquilo”!
    É uma lástima a banalização de tudo que deveria causar indignação e revolta. Se o problema não for enfrentado com mão-de-ferro veremos atônitos paradoxalmente a escalada da decadência! E a culpa é nossa! Minha e sua! A culpa é de quem está lendo o jornal agora, termina de ler, paga o café e vai pro escritório, fazendo de conta que tá tudo bem!
    É vergonhoso ver o silêncio dos bons tanto quanto ouvir o grito dos maus!

  2. Concordo que: “Em Rondonópolis, problemas da destinação do lixo são uma questão cultural”. Infelizmente, não apenas a destinação do lixo, mas em relação a vários outros problemas urbanos da cidade em si. Não dá para explicar tudo em uma sociedade apenas falando da desigualdade social, característica do sistema capitalista de produção. Tem esse problema também. mas junto a essa situação, há indiscutivelmente a questão cultural do povo. Quando refiro á questão cultural do povo quero dizer que o próprio poder público é reflexo de tudo isto também. Quer dizer, o poder público é ausente de tudo porque o povo também não cobra os deveres do Estado e muito menos cumpre com seu dever de cidadão. Para cada direito implica um dever. Isto é regra básica para se viver em sociedade. Quando não se cumpre essa regra simples e básica, tudo desanda como estamos sempre vendo em noticiários de TV, Jornais, Internet e também em trabalhos científicos.
    Em 2013 defendi uma tese de Doutorado na Universidade Federal de Uberlândia intitulada: LEITURAS DE PAISAGENS URBANAS: Um estudo de Araguaína – TO. Realmente comprovei que muitos problemas urbanos da cidade são ocasionados justamente pela questão cultural do lugar. Abraços a todos os rondonopolitanos.
    Aires José Pereira é mineiro de Salinas, poeta por gosto e por pirraça que acredita nas palavras transformadoras de homens e de espaços. Possui 12 livros editados e vários artigos publicados em eventos científicos e Revistas de Geografia. É licenciado e Especializado em Geografia pela UFMT, Mestre em Planejamento Urbano pela FAU-UnB, Doutor em Geografia Urbana pela UFU. É Prof. Adjunto A do colegiado de Geografia do Campus Universitário de Araguaína – UFT; Membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense; Pesquisador do NURBA e coautor do Hino Oficial de Rondonópolis – MT

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Brasil tem 1.942 cidades com risco de desastre ambiental

Com a intensificação das mudanças climáticas provocadas pela ação humana no meio ambiente, têm aumentado os desastres ambientais e...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img