Banho de sangue

O município de Rondonópolis registrou em cerca de 12 horas, entre o começo da noite desta segunda-feira (15) e a madrugada desta terça-feira (16), uma das páginas mais sangrentas da sua história recente. Nesse curto período, foram cinco assassinatos, incluindo a morte de um sargento da Polícia Militar, e outras seis tentativas de homicídio na cidade. A noite sangrenta assustou os moradores, uma vez que esses números são comuns aos centros urbanos mais violentos do Brasil.
Esse episódio registrado denota, de uma vez por todas, que a violência está fora de controle, fora dos limites, em Rondonópolis. Nesta hora é que todos se perguntam: onde estão os organismos de segurança em Rondonópolis? Será que não existem ou fazem vistas grossas aos problemas de segurança na cidade? A população, infelizmente, fica sem saber em quem pode contar nas horas que mais precisa e passa a ter medo diante das atividades cotidianas do dia a dia.
Para ampliar mais a situação, não falando especificamente desse episódio pontual, visualizamos uma situação estarrecedora, na qual os cidadãos não tem mais tranquilidade ao circular nas vias da cidade, sendo vítimas de assaltos frequentes à mão armada. De modo semelhante, cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Sinop também vivem situação de aumento expressivo da violência, denotando a falta de políticas estaduais de segurança efetivas, com os devidos investimentos.
Essa série de assassinatos, em poucas horas, é o estopim do caos na segurança em Rondonópolis. A população, que paga seus impostos e contribui para o engrandecimento da economia estadual, aguarda com muita ansiedade dos organismos de segurança e de Justiça respostas para toda essa situação de avanço da criminalidade em nosso município. O grito de socorro foi ecoado! Não dá mais para fingir que não se ouviu!