Sem sinal

Com uma população de mais de 202 milhões de habitantes, o Brasil já ultrapassou a marca dos 270 milhões de linhas de celulares. Seria um feito extraordinário se não fosse a baixa qualidade dos serviços das operadoras de telefonia celular em todo o país
Em Rondonópolis, a trajetória da telefonia celular não é diferente. Apesar do avanço espetacular no número de linhas de celulares, a qualidade no sinal é uma preocupação unânime na cidade. Os problemas vão desde queda no sinal, ligações que dão fora de área ou inexistentes, dificuldade para completar ligações, ruídos, até partes da cidade sem sinal de algumas operadoras.
A venda de celulares cresceu de forma geométrica, mas as empresas do setor não conseguiram acompanhar essa demanda. O problema é tão gritante que, conforme noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para apurar a qualidade desse serviço em Rondonópolis e região, com solicitação de informações junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Diante de tanta insatisfação, vamos esperar que o esforço do MPF resulte em alguma medida judicial que venha trazer determinações de melhora nos serviços, com mais investimentos pelas operadoras no Município, a exemplo de instalação de mais torres de telefonia em diferentes partes da cidade. Insistindo com os problemas por parte das empresas, é preciso determinar inclusive a suspensão temporária da venda de celulares até a adequação dos serviços.
O cliente compra, na maioria das vezes, aparelhos cada vez mais modernos, paga caro pelos serviços de telefonia, e, em contrapartida, deveria merecer as condições adequadas para usufruir do serviço. Seja através da Justiça ou através da Anatel, esperamos que de alguma instituição venha os meios necessários para fazer as operadoras de celulares atenderem de forma eficiente a nossa população. A voz da população precisa ser ouvida!