Justiça atenta

Apesar de vivermos uma democracia plena, ainda é frequente no Brasil que a influência do poder econômico prevaleça em relação à vontade natural dos cidadãos nos resultados das eleições. É por isso que as instituições responsáveis pela fiscalização e combate aos crimes eleitorais devem estar preparadas para que as eleições transcorram sem intervenções maléficas para a sociedade.
Nesse sentido, é muito pertinente a realização da palestra realizada nesta semana pela 46ª zona eleitoral de Rondonópolis, através do juiz Wanderlei José dos Reis, com a finalidade de coibir a prática de corrupção eleitoral e de boca de urna nas eleições gerais de 2014. Participaram, conforme noticiado pelo Jornal A TRIBUNA, centenas de profissionais da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar.
Não como há negar que a corrupção eleitoral se alastrou como uma praga na sociedade brasileira, sendo necessário, por isso, que os nossos policiais e instituições estejam devidamente atentos e preparados para identificar e saber lidar com situações de flagrância delitiva nos principais crimes eleitorais. Uma das práticas mais comuns é o crime de boca-de-urna, mas que muitos profissionais não sabem como agir ou como identificá-lo com clareza.
O êxito das eleições passa também pelo cumprimento do dever funcional de inúmeros profissionais e do papel exercido pela própria sociedade, ajudando no trabalho de fiscalização. Dessa forma, não somente os profissionais que receberam a palestra, mas todos os eleitores podem ajudar no processo, estando vigilantes quanto a indícios de abuso de poder político ou econômico, que geram desigualdades entre os candidatos ao pleito.
Contudo, somente com a ampla oferta e divulgação das informações necessárias, dando conhecimento do que configura crime ou não, e com a participação e fiscalização de todos os segmentos sociedade é que realmente vamos efetivar um pleito com lisura, honestidade e tranquilidade, prevalecendo a vontade real dos eleitores. O caminho é por aí…