Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, não podíamos deixar de falar dos relevantes serviços prestados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Rondonópolis (Apae), entidade fundada em 1976 e que atende 296 alunos portadores de deficiência intelectual e múltipla no município.
Dezenas de famílias têm na Apae a garantia de assistência nas áreas de reabilitação/estimulação, escolarização e profissionalização, com várias oficinas pedagógicas sendo ofertadas. Nesse contexto, há diferentes profissionais a serviço da entidade como professores, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicopedagogo, assistente social, entre outros.
Ao longo dos 38 anos, a solidariedade e ajuda da comunidade rondonopolitana, com promoções e doações, tem mantido a entidade, juntamente com convênios com os governos federal, estadual e municipal. Infelizmente, apesar de não ser o caso de Rondonópolis, muitas APAEs e Sociedades Pestalozzi no estado de Mato Grosso passam dificuldades sérias e estão ameaçadas, inclusive, a fechar as portas.
Mesmo fazendo sua parte, a Apae de Rondonópolis ainda necessita que famílias e sociedade compreendam e saibam lidar com essas pessoas. Não basta apenas que os profissionais possam fazer o tratamento adequado. Essas pessoas com deficiência intelectual e múltipla precisam do respeito e compreensão da sociedade. Isso inclui o esforço para apoiar, saber entender e lidar com essas pessoas.
Ademais, a comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla é uma boa oportunidade para gerar reflexões na sociedade sobre o tratamento dessas pessoas. Uma necessidade é reforçar que a deficiência intelectual não é uma doença, mas uma condição e, por isso, merece a atenção devida. É preciso ainda que a sociedade possa promover uma inclusão maior dessas pessoas em seu meio.
A indiferença, a reclusão ou a falta de oportunidades para com as pessoas com deficiência intelectual precisam ser vencidas… E por que não começar pela gente?