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Rondonópolis
, 26 maio 2024
 
 

O crime ambiental e seus desdobramentos

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Desde a semana passada, a sociedade rondonopolitana vem acompanhando com indignação as denúncias do despejo, sem nenhum tratamento, de milhões de litros de esgoto domiciliar produzido em Rondonópolis no Rio Vermelho. Ainda não é possível contabilizar com precisão os danos ambientais causados, mas certamente eles aparecerão devido à proporção da ação.
Voltamos a abordar esse assunto por causa da sua repercussão na comunidade local, que, assim como o Mundo, está cada vez mais atenta à temática ambiental. Sem falar que a cobrança contra os cidadãos que pescam ou desmatam irregularmente está ainda mais acirrada e implacável. Dessa forma, não há porque ter dois pesos e duas medidas quando o autor do crime ambiental é o próprio poder público.
Já falamos aqui neste espaço que o mais sensato seria que a multa milionária aplicada contra o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) recaísse sobre os responsáveis pelo despejo do esgoto no rio sem o devido planejamento – e não recair ao órgão público, deixando o ônus para os cidadãos, através dos seus impostos. Acreditamos que essa multa contra um órgão público é algo mais para “inglês ver”!
Por outro lado, deixando de lado a cultura da impunidade e do “deixa para lá”, analisamos como uma resposta rápida para a sociedade a decisão da Polícia Civil em autuar em flagrante pelo crime contra o meio ambiente os diretores do Sanear e, provavelmente, o menos culpado, seu engenheiro ambiental. O engenheiro foi preso em flagrante e os demais diretores estão foragidos da polícia. É uma mostra que a cultura da impunidade está mudando!
Esperamos que as responsabilidades desse crime ambiental de grande proporção sejam realmente apuradas a fundo pelos órgãos competentes, com a devida punição judicial cabível. Infelizmente, a ação policial de instaurar o flagrante ainda não conseguiu localizar as pessoas realmente responsáveis pelas decisões finais no Sanear, no caso seus diretores. Apenas o engenheiro – que diga-se de passagem é sujeito à ordem – está preso.
O desfecho desse crime ambiental, com a decisão de decretar a prisão em flagrante da diretoria do Sanear, é um alento no sentido que nem tudo neste País ainda está perdido… Fica a lição de que ações irresponsáveis – que até então passariam imunes – têm sua consequência, nem que seja uma prisão por alguns dias.

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