Em busca do crescimento sustentável

O fato de termos ultrapassado a economia do Reino Unido, divulgado anteontem pelas agências de notícias internacionais, e termos enfim chegado ao posto da sexta economia do Mundo, pode por um lado representar um avanço, mas por outro ângulo, isso pode sim ser motivo de preocupação.
O Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR, na sigla em inglês) fez uma previsão em dezembro do ano passado que o Brasil passaria o Reino Unido em relação ao volume de seu Produto Interno Bruto (PIB), o que tornou-se realidade no dia seis de março.
O motivo para dizermos que é para se preocupar também, está no fato da economia do nosso país não ter crescido no ano passado no volume esperado, apesar do suficiente para passar o Reino Unido.
Muito disso deve-se ao fato da própria estrutura pública do país não ter trabalhado de modo eficiente para valorizar o seu crescimento econômico. Prova disso é a estrutura das estradas e transportes do Brasil que aumenta o custo de produção e atrapalha, em muito, o crescimento de diversos setores.
Um investimento mínimo em logística, por exemplo, ajudaria e muito o nosso país ter uma condição ainda melhor do que a atual, pois o fato de entrarmos nessa posição deve-se muito a nossa crescente produção agrícola.
Outra questão que também poderia contribuir para termos um rendimento ainda melhor na nossa economia, seria uma revisão da carga tributária. O Brasil ainda é um país onde o volume de impostos assusta qualquer investidor por melhor capitalizado que ele seja. Com uma taxa de tributos tão alta como a nossa é praticamente inacreditável o investimento que a iniciativa privada ainda faz em nosso país.
No ano passado, o nosso PIB cresceu 2,7% e foi menos que o desempenho de 2010, que foi de 7,5%, e o motivo dessa queda abrupta de crescimento é resultado também dos reflexos da crise nos países europeus. O Brasil pelo visto não está imune à crise, mas precisa se adequar ao máximo para evitar quedas do nosso PIB, e a saída nesse caso pode ser melhorar a nossa malha viária, acompanhada de uma revisão da nossa carga tributária. Desta forma os investimentos, a produção e os empregos, com toda a certeza, poderão crescer e aí sim poderemos dizer que teremos um crescimento econômico sustentável, algo que todo mundo sonha e quer.