A relação entre o município e os servidores públicos municipais pode azedar, ainda mais, nos próximos dias, em razão do desacordo entre a proposta salarial apresentada pelo município e o que os servidores querem receber. O prefeito Zé Carlos do Pátio, conforme o anunciado na edição de sábado do A TRIBUNA, apresentou como proposta a reposição da inflação de 6,08%, mais 1% de ganho real, segundo a assessoria do município.
A categoria deu um recado a Pátio, anteontem, quando durante uma assembleia, se manifestou de forma contrária a essa proposta. Os servidores querem, na realidade, um ganho real maior, no caso 10% e ainda o repasse da inflação, mas retroativo aos meses de janeiro e fevereiro, fato que não é contemplado na proposta do prefeito.
A proposta de Pátio desconsidera os dois primeiros meses de ano. Os servidores estão com a razão, merecem ganhar mais e devem sim ter ganho real. O prefeito, por outro lado, também não está de todo errado, precisa dar reposição aos trabalhadores e, no mínimo, garantir o pagamento em dia desses servidores sem onerar os cofres públicos de forma que não possa honrar os demais compromissos do município no futuro próximo.
O grande problema, no entanto, é que pelo visto nem o prefeito e nem os servidores vão dar o braço a torcer e a tendência é realmente termos mais uma greve do funcionalismo público pela frente, o que não é bom para ninguém.
Neste, momento, o que tem que se fazer é apelar para o diálogo e buscar um meio termo. Radicalismo não vai levar a nada. Numa greve perdem todos: servidores, prefeito e a sociedade.
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