O tráfico de drogas é hoje uma das grandes mazelas da sociedade brasileira. A cada ano, o problema tem se alastrado por mais cidades, inclusive pequenas e zona rural. Drogas cada vez mais destrutivas têm ganho espaço entre os usuários brasileiros. O pior é que a fiscalização e atuação contra essa atividade criminal parece cada vez menos frutífera.
Já abordamos neste espaço a problemática do avanço das drogas em Rondonópolis várias vezes. O resultado desse avanço está no aumento da criminalidade, nos problemas sociais e gastos com saúde pública. Primeiramente, a disputa de espaço entre facções rivais, a cobrança de dívidas ou “vazamento” de informações no tráfico produzem imensa quantidade de execuções, assassinatos. Dependentes químicos estão ainda mais propensos a praticar crimes bárbaros. O sustento do vício faz com que os números de assaltos e furtos disparem de forma assustadora. Portanto, mesmo que alguém não tenha um dependente químico em casa acaba sofrendo as consequências. Famílias também são destruídas com brigas e separações. Esses são apenas alguns problemas gerados na área da segurança, sem contar outros especialmente na área de tratamento.
Essa triste realidade avança em todo o Brasil. Tardiamente, o Governo Federal já havia lançado uma campanha de enfrentamento ao crack e outras drogas em 2010. Foram anunciados na época R$ 410 milhões para implementar ações do plano, nas áreas de prevenção, combate e tratamento. Apesar disso, o plano não gerou resultados efetivos até vem despertando reclamações, principalmente das prefeituras que sofrem na pele as consequências da falta de leitos de internação, de comunidades terapêuticas, de profissionais especializados, e outros. Diante das cobranças, o Governo Dilma já planeja lançar outro plano de enfrentamento ao crack, conforme anunciado ontem pelo Jornal A TRIBUNA. Espera-se que falhas existentes possam ser corrigidas e, enfim, que resultados práticos e visíveis possam ser observados, com impacto na redução da violência e criminalidade.
Algo mais agressivo tem de ser feito nesta área. O que não pode é a sociedade brasileira continuar sendo a grande derrotada nesta luta.
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