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A mulher de César

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Quem conhece um pouco de história deve se lembrar de Pompeia, a mulher do imperador Julio César. Ela viveu um dos mais famosos escândalos da Roma antiga. Pompeia, de acordo com os historiadores, tinha uma vida solitária em Roma, em razão de o Imperador passar muito tempo executando suas atividades que era basicamente comandar o seu exército, que vivia em grandes batalhas pelo Mundo.
Eis que surge na história o personagem Clódio, que era admirador de Pompeia e para se aproximar da esposa de Júlio César chega a ir disfarçado ao Palácio. Ele se perde e acaba sendo preso sem ver Pompeia. Clódio acabou sendo levado ao Tribunal, julgado e inocentado pelo próprio Imperador. Pompeia, porém, foi castigada. Em razão disso, é atribuída ao Imperador romano a célebre frase: “à mulher de César não basta ser honesta. Ela tem que parecer honesta”.
A frase pode ser adaptada nos dias de hoje, aqui mesmo em Rondonópolis. O resultado do último concurso da Câmara é um exemplo disso.
Houve todos os cuidados pela Comissão Organizadora para que nada desse errado e que não houvesse qualquer tipo de questionamento. As provas e as inscrições ocorreram dentro da normalidade. Porém, os problemas estão justamente nas declarações dos vereadores Mohamed Zaher e Lourisvaldo Manoel de Oliveira que colocaram o concurso sob suspeita. Os vereadores chegaram a pedir ao presidente da Câmara que revisse a realização do concurso. O que chamou a atenção dos vereadores é que no cargo principal que, é de controlador, onde estão os melhores salários, das quatro vagas existentes, dois servidores com cargos de secretários do próprio Legislativo passaram na prova.
É preciso deixar claro que não está se colocando em dúvida a capacidade intelectual dos servidores da Câmara. O problema está no fato do cargo que eles ocupam que, de uma forma ou de outra, coloca em dúvida o resultado do certame e acaba gerando a desconfiança. Para que isso não ocorresse, seria mais prudente que os servidores, antes da inscrição no concurso, tivessem aberto mão dos cargos de confiança que ocupam na Câmara. Afinal de contas, concurso público tem que ser igual a mulher de César. Não basta ser honesto, tem que parecer honesto.

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