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Rondonópolis
 
 

Onde está o mérito?

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Um recente anúncio de oferta de empregos pela Prefeitura de Rondonópolis podia ter passado desapercebido, mas não há como não fazer alguns comentários a respeito. Em primeiro lugar, a expressiva quantia de cerca de 200 vagas na área da construção civil não estava sendo oferecida pela Prefeitura e, em segundo lugar, as vagas não eram para trabalhar em Rondonópolis, mas sim em Porto Velho (RO), que vem passando por um “boom” no crescimento devido às usinas no Rio Madeira. Além disto também haviam sido anunciadas 40 vagas de serviço em Alto Taquari.
Em uma realidade onde o emprego com carteira assinada é uma grande conquista, a comunicação das vagas pela Prefeitura não deixa de ser uma prestação de serviço público. O fato não é ilegal ou irregular, mas coloca em xeque a competência da Prefeitura de Rondonópolis na geração de empregos. O pior é que a comunicação da municipalidade repassou a existência das vagas à imprensa como um grande mérito público local, gabando-se que “proporciona aos moradores de Rondonópolis a chance da primeira contratação e também o reingresso daqueles que estão desempregados”.
Na verdade, é uma vergonha para uma cidade do porte de Rondonópolis se gabar de estar enviando mão-de-obra para outras cidades, intermediando mão-de-obra! Deixa a entender que o município não proporciona empregos na quantidade que necessitaria para atender a sua população e sofre com o desemprego, indicando uma desaceleração no seu crescimento. É muito triste um pai de família ter que abandonar sua esposa e seus filhos porque a cidade onde mora não gera empregos e oportunidades suficientes para que ele permaneça nela. São pessoas que vão ficar com o coração e a saudade em Rondonópolis!
Não podemos negar que alguns poucos setores de Rondonópolis ainda têm que importar mão-de-obra qualificada por inexistência dela no mercado local. Infelizmente, nesse episódio questionado trata-se de trabalhadores da construção civil. Conforme o verificado, aparentemente, o mercado local não será prejudicado com essa evasão, pois muitos embarcaram porque realmente estavam desempregados e sem perspectivas na cidade. Muitos nem tinham experiência na construção civil e, com isso, dificilmente deve inflacionar os preços de mão-de-obra no setor.
Uma cidade do porte de Rondonópolis necessita de mais fontes de geração de emprego e renda. O avanço da industrialização verificado recentemente não foi suficiente diante da grande demanda. É preciso que as autoridades públicas se preocupem com a geração de oportunidades aos moradores. Nesse caso, quem tem motivos para se gabar realmente é a cidade de Porto Velho. Ponto para a capital rondoniense!

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