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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

Será que não queremos a ferrovia?

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O economista e cuiabano Vicente Vuolo abordou uma realidade preocupante e que o Jornal A TRIBUNA já vinha levantado anteriormente: a classe política e a sociedade organizada de Rondonópolis estão à margem das discussões das obras da ferrovia em Mato Grosso. A impressão que se tem diante dessa omissão é que a população de Rondonópolis não tem interesse na ferrovia ou que considera a obra como extremamente fútil.
Em entrevista ao A TRIBUNA, Vicente Vuolo conclamou o engajamento da classe política de Rondonópolis para que haja agilidade nos avanços da obra da ferrovia que leva o nome de seu pai: “Senador Vicente Vuolo”. Há oito anos sob a concessão da América Latina Logística (ALL), a obra pouco avançou em Mato Grosso nesse período. Ultimamente, o trecho Alto Araguaia-Rondonópolis está em obras, mas o ritmo é desanimador.
Entrando nessa questão de engajamento em prol da ferrovia, temos o recente exemplo mostrado pelo A TRIBUNA do prefeito de Itiquira, Ernani José Sander, o Nani. A cidade vizinha está recebendo as obras dos trilhos da ferrovia nesse trecho Alto Araguaia-Rondonópolis e, nesse caso, Nani tem se mostrado totalmente envolvido e inteirado do andamento das obras. Na verdade, virou um entusiasta da ferrovia que começou a brotar em seu município.
Diferentemente, em Rondonópolis, não vemos prefeito, vereadores, nem líderes de associações com a preocupação de ir até o município vizinho e ver como estão as obras. Ou ainda: fazer campanhas junto ao governador e em Brasília para que a ALL seja pressionada a agilizar as obras até Rondonópolis. A impressão que se tem que é a classe política e a sociedade organizada, de tantos prazos e promessas não cumpridas, deixaram de acreditar na ferrovia, ficaram “traumatizadas”.
Muitos políticos locais nem superficialmente sabem sobre o andamento da ferrovia. Nesse momento, deveriam estar sendo discutidos os reais impactos que a obra traria para Rondonópolis e como aproveitar as oportunidades que estão por vir. Deveriam estar cobrando mais informações acerca do terminal de cargas, a ser implantado na cidade, mas que ninguém sabe detalhes. Deveriam estar fazendo audiências públicas. E por aí vai…
Pelo jeito, somente quando o apito do trem estiver se aproximando de Rondonópolis – se chegar! – teremos não apenas um, mas vários, pais da ferrovia na cidade, assumindo a paternidade e querendo os louros da tão propalada obra.

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