As crianças, especialmente entre zero e 11 anos, estão sendo as mais atingidas por casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocasionadas por Influenza A em Rondonópolis. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, somente este ano, 4 casos de SRAG por Influenza A foram confirmados na cidade, sendo que destes, 3 foram entre crianças nesta faixa etária.
Conforme a Saúde Municipal, os dados de SRAG registrados em Rondonópolis nos últimos dois anos – 2023 e 2024 – mostram, justamente, que as crianças entre zero e 11 anos foram as mais atingidas. Em 2023, de 19 casos confirmados de SRAG por Influenza A, seis foram entre crianças nesta faixa etária.
No geral, os números da Vigilância Epidemiológica apontam que, neste ano, Rondonópolis registrou um total de 13 casos de SRAG. Destes, quatro foram por Influenza A; um por Vírus Sincicial Respiratório; e oito por Covid-19.
O aumento do número de casos de SRAG por Influenza A no Município, especialmente, entre as crianças, já levou a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis a adotar, na última segunda-feira (22), medidas de prevenção na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil, entre elas, a destinação de 10 leitos para pacientes positivos para Influenza A e proibição de visitas por 30 dias.
Segundo a Santa Casa, até esta segunda-feira, 5 crianças positivas para Influenza A estavam internadas na UTI Infantil.
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Os leitos de UTI Infantil da unidade também vêm se mantendo, frequentemente, lotados nas últimas semanas, e por falta de vagas, crianças de Rondonópolis precisam ser encaminhadas para outras cidades, como Primavera do Leste.
O aumento de casos de síndromes respiratórias, principalmente entre as crianças, nas últimas semanas, também é apontado como um dos motivos da superlotação no Pronto Atendimento Infantil, que tem causado transtornos para a população, que enfrenta uma verdadeira saga, aguardando horas para atendimento.
Vacina
A vacina contra a gripe, que está sendo aplicada em todos os postos de saúde de cidade para os grupos prioritários que compreendem crianças entre seis meses e seis anos e idosos com mais de 60 anos, dentre outros, previne contra a Influenza A.
O influenza pode ser dos tipos A, B, C ou D e corresponder a mais de 30 mil subtipos diferentes. Os vírus são formados por proteínas chamadas hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) e podem causar os mesmos sintomas da doença.
Apenas os tipos A e B atingem os humanos e somente três cepas causam doenças até o momento: H2N2, H1N1 e H3N2. Todas são preveníveis com a vacina trivalente contra a gripe.
O imunizante pode prevenir complicações decorrentes da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde, além de minimizar sintomas que podem ser confundidos com os da Covid-19.